Privatizações: não há calendário, mas ministro promete acelerar - TVI

Privatizações: não há calendário, mas ministro promete acelerar

Governo gostaria que encaixe superasse os cerca de 5 mil milhões de euros

O ministro das Finanças não trouxe consigo esta quinta-feira um calendário de privatizações para apresentar aos jornalistas, numa conferência de imprensa no ministério das Finanças. Mas deixou a garantia de que o programa de privatizações é para acelerar, até porque o Estado tem «um peso excessivo» na economia.

«Não tenho hoje um calendário para anunciar. O que disse e repito com gosto é que ele será tão acelerado quanto possível e apropriado».

Vítor Gaspar veria com bons olhos até que o encaixe com as privatizações superasse os cerca de 5 mil milhões de euros previstos no memorando de entendimento assinado com a troika.

«Gostaria que esse valor fosse excedido», afirmou, acrescentando não ter, naquele instante, «possibilidade de quantificar o excesso».

Vítor Gaspar garantiu ainda que «o Governo vai abrir as portas ao investimento estrangeiro». Ele é investimento «fundamental para sustentar crescimento económico».



Entre as empresas a privatizar estão a ANA- Aeroportos de Portugal, TAP e CP Carga. Para além destas, há a Galp, EDP e REN CTT e RTP, ramo segurador da CGD e Águas de Portugal.

Quanto ao BPN, o ministro espera receber «várias ofertas» de compra.



«O programa é para ser acelerado tão cedo quanto possível», frisou mais uma vez Vítor Gaspar.

Uma coisa para já é certa: «Está fora de causa privilegiar capital estrangeiro no processo de privatizações». O ministro das Finanças assegura que «não é essa a estratégia nem é esse o objectivo», mas sim «garantir a possibilidade de concorrência de interesses separados em condições de concorrência transparente e justa».

O calendário de privatizações vai «beneficiar de momentos relativamente favoráveis. O próprio facto de eliminar algumas cláusulas que protegiam artificialmente a posição de interesses nacionais relativamente à concorrência no mercado, como, por exemplo, as golden shares» permitirá que o «valor potencial dos activos a privatizar» seja tido em conta.
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