PT quer presença forte no Brasil, Oi tem potencial extraordinário - TVI

PT quer presença forte no Brasil, Oi tem potencial extraordinário

Zeinal Bava lembra que empresa criou muito valor para os accionistas com venda da Vivo e compra da Oi. «Saímos reforçados de todo este processo»

A PT continua a querer ter uma presença forte no mercado brasileiro, «um mercado natural, aquele que é o nosso segundo mercado», disse o presidente executivo da empresa em conferência de imprensa.

Zeinal Bava garantiu que a estratégia da PT continua a basear-se no «tripé» Portugal-África-Brasil e que o objectivo da PT «continua a ser crescer».

«Foram negociações duras, mas conseguiram o impossível», sublinha Chairman da PT

«Estou grato ao Governo por ter conseguido espremer mais o comprador»

Por isso mesmo, o presidente executivo explicou a escolha da Oi para a nova parceria: «Oferece condições extraordinárias para crescer no futuro, permite parcerias com quem temos bastantes afinidades».

Dois terços do capital investido são para ficar na Oi, diz Bava

A PT continua a estar no Brasil «para ficar» e continua a «não estar preocupada com o curto prazo».

O CEO explicou porquê: «O Brasil tem tudo para ser uma das maiores 7 economias do mundo até 2015» e com um «perfil de risco que é hoje materialmente diferente», face ao que existia há 12 anos, quando a PT iniciou a presença no país.

PT deixa Vivo bem capitalizada

Zeinal Bava mostrou um sentido de «missão cumprida» na Vivo, lembrando que a PT deixa a empresa «bem capitalizada» e que a operadora, que tinha 3,5 milhões de clientes quando a PT chegou, fica hoje com 58 milhões.

«Vendemos a posição com nostalgia», disse, mas «com uma noção clara de missão cumprida».

PT voltou a criar «imenso valor accionista»

Bava fez ainda um elogio ao processo negocial desenvolvido pela administração.

O valor agora pago pela Telefónica «valoriza o nosso trabalho e mostra o potencial crescimento Brasil, bem como as sinergias fixo-móvel que agora estão reflectidas de forma mais justa» na proposta da espanhola.

Esta transacção «representa um múltiplo de 11 vezes no EBITDA, é a operação mais cara do sector nos últimos anos, talvez até em mais de uma década».

Esta aliança «assegura o equilíbrio entre a criação de valor para os accionistas e o objectivo de manter um projecto empresarial com escala, para que a PT possa afirmar-se».

«Hoje cristalizamos valor na venda da Vivo. Os analistas dizem que, segundo as suas contas, estamos a pagar um prémio de 900 milhões de euros pela posição na Oi, mas realizámos um prémio de 4,2 milhões na venda da Vivo», explicou Zeinal Bava, acrescentando que, no final do processo, «saiu toda a gente a ganhar».

Para Zeinal Bava, a operadora saiu reforçada, após a conclusão do negócio. «Saímos reforçados de todo este processo. Os acionistas decidiram e conseguiu-se efectivar a venda. Em 30 dias conseguimos criar uma alternativa».

Maioria do encaixe com Vivo fica na empresa

O CEO anunciou ainda que dois terços do valor recebido vai ficar na empresa, e destina-se ao investimento no Brasil, para «potenciar a Oi» e as suas ambições de se estender para fora do Brasil, «até com alguma ambição na América Latina».
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