Sonae e JM apostam cada vez mais nas marcas próprias - TVI

Sonae e JM apostam cada vez mais nas marcas próprias

Compras

São elas a «Gourmet» do Continente e «Pura Vida» do Pingo Doce. Grupos também começam a apostar nas mercearias de bairro

Os dois grupos de distribuição portugueses estão a investir cada vez mais na expansão da marca própria, com a criação da categoria «Gourmet» pelo Continente e da gama «Pura Vida» pelo Pingo Doce. E começam também a apostar no comércio tradicional.

«A marca própria Continente é um segmento em expansão e representa actualmente cerca de 25% das vendas de produtos de grande consumo do retalho alimentar da Sonae MC (exclui perecíveis e não alimentar), com 2.400 referências», disse à Lusa fonte do Continente.

Na JM, a marca Pingo Doce tem 2.011 referências, das quais 191 lançadas no último ano. A marca própria representa já 40% do volume de negócios da empresa. Segundo fonte oficial do grupo, agora o desafio é «apostar na sub-gama Pura Vida e na reformulação nutricional dos produtos para os adaptar às necessidades dos consumidores».

Recentemente, a Sonae MC lançou o Continente Gourmet, uma gama de produtos diferenciados, com o objectivo de «enriquecer a proposta de valor, indo ao encontro das expectativas dos clientes».

Para a Jerónimo Martins, «a marca própria um pilar estratégico na diferenciação do Pingo Doce» e a Sonae, na apresentação dos resultados preliminares do retalho, atribuiu o aumento do volume de negócios da Sonae MC em cinco por cento em 2010, para 3.275 milhões de euros, ao investimento constante em produtos de marca própria.

A Sonae Distribuição lançou marcas próprias em 1991, com categorias em volume e quantidade, como conservas, bolachas secas, arroz, óleo, azeite, massas, farinhas, molhos e detergentes. Também a Jerónimo Martins começou o seu investimento em marcas próprias, no início na década de 90, em bens essenciais, como arroz, farinha ou o açúcar.

O consumo das marcas próprias da grande distribuição aumentou nos piores anos da crise, em 2008 e 2009, e actualmente representa 25% do mercado alimentar, segundo a associação das empresas de distribuição (APED).
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