O ministro das Finanças disse esta quinta-feira que «o fracasso não é uma opção possível». Daí que o Governo se tenha visto obrigado a avançar com a cobrança de um imposto extraordinário, porque os cortes na despesa levam mais tempo a surtir efeito.
O calendário que o Governo tem pela frente é apertado, o défice tem de baixar para os 5,9% já este ano e o país precisa de voltar a uma rota de crescimento, o que só deverá acontecer a partir de 2013.
Este ano e o próximo ficarão marcados pela recessão, mas, depois disso, Vítor Gaspar acredita que o «crescimento» vai ser «positivo» e o Governo espera «alguma aceleração da actividade económica nos anos seguintes».
É certo que os «cenários são muito prudentes e não têm em conta efeito das medidas de transformação estrutural» da economia que serão postas em prática.
Mas, «se o programa for bem sucedido esses efeitos positivos» começarão a notar-se «nos anos de 2013 e seguintes». E aí o cenário de recuperação poderá ser mais «sustentado».
Falar num orçamento rectificativo é, por isso, «prematuro» e sobre «o desvio colossal» nas contas públicas a que o primeiro-ministro se terá referido esta semana, Vítor Gaspar diz que essa expressão foi mal interpretada. Há, de facto, um desvio, mas que exige um «trabalho colossal».
Vítor Gaspar: «Fracasso não é uma opção possível»
- Redação
- Vanessa Cruz
- 14 jul 2011, 19:16
Se programa de austeridade for bem sucedido «efeitos positivos» comeração a notar-se a partir de 2013
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