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CIP quer criar bolsas de emprego entre empresários

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Patrões dizem que centros de emprego não acompanham as ofertas que realmente existem no mercado

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A Confederação da Indústria Portuguesa quer criar bolsas de emprego entre os empresários uma vez que o Instituto do Emprego e Formação Profissional «muitas vezes não acompanha» as ofertas que realmente existem no mercado de trabalho, escreve a Lusa.

«É uma daquelas ideias que basta haver vontade das partes para avançar, e da nossa parte existe», afirmou António Saraiva, lembrando que tal tem vindo a ser discutido nas reuniões da concertação social, e cujo objetivo é colmatar as falhas do sistema e adequar a oferta de emprego à procura.

Questionado pela Lusa, o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) não quis comentar as declarações do patrão dos patrões.

O presidente da CIP afirma que «muitas vezes o IEFP não acompanha» como as empresas a abertura de novas ofertas de emprego, o que, segundo o responsável, reforça a necessidade de uma iniciativa deste género.

António Saraiva explica que é uma proposta que tem como fim criar um conhecimento «mais direto dos lugares disponíveis» para as pessoas em situação de desemprego, mas que também pode permitir aos empresários acompanharem a aceitação das ofertas de emprego, bem como a rejeição das mesmas e o porquê.

«Às vezes, por questões que temos de denunciar, [as pessoas a beneficiar do subsídio] inventam desculpas para se manter no subsídio de desemprego, [quando] algumas das nossas empresas se encontram com dificuldades de contratação de mão-de-obra», argumenta António Saraiva.

Um dos objetivos da CIP para este ano é lançar um «acordo social para o desenvolvimento», composto por um conjunto de questões a serem discutidas com os sindicatos e com o Governo, entre as quais estas bolsas de emprego, que pretendem «otimizar alguns defeitos que o sistema contém», diz António Saraiva.

Um dos pontos do Acordo Tripartido para a Competitividade e Emprego, assinado a 22 de março, intitulado «Melhorar a qualidade e a eficiência dos serviços públicos de emprego» prevê a celebração de protocolos com as associações empresariais e sindicais, «nomeadamente nos setores onde se verifica uma maior desadequação entre a oferta e a procura de emprego».
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