Discotecas e bares, para quando? Governo espera especialistas, setor pede datas - TVI

Discotecas e bares, para quando? Governo espera especialistas, setor pede datas

Ministro da Economia diz que a avaliação final depende dos especialistas em saúde pública

Desde meados de março que a sociedade e a economia portuguesas fazem uma lenta reabertura, mas há ainda quem continue sem poder trabalhar, e até quem não saiba qual o horizonte em que isso será possível.

É o caso de bares e discotecas, estas últimas fechadas há já mais de um ano, desde que a pandemia de covid-19 entrou em Portugal.

O setor continua a exigir respostas ao Governo, que mantém a incógnita sobre o regresso dos espaços. Foi o que aconteceu esta segunda-feira na TVI24, onde o ministro da Economia afastou uma "garantia", e deixou para os especialistas em saúde pública a definição das medidas restritivas a tomar mais à frente.

Segundo Pedro Siza Vieira, esta reabertura pode não depender exclusivamente dos fatores de risco, como a incidência, mas antes da evolução da vacinação.

Não posso, nem me cabe a mim, fazer essa avaliação de risco", afirmou.

Também na TVI24, a Associação Portuguesa de Bares e Discotecas entende que a atual situação é insustentável, exigindo uma data para a reabertura do setor.

No Bairro Alto [Lisboa] estão vários estabelecimentos abertos, e depois fecham todos à mesma hora, o que provoca ajuntamentos", disse Ricardo Tavares, defendendo que isto é o contrário do que devia ser feito.

Referindo que as moratórias já acabaram para muitos, o representante avisa que muitas pessoas vão ser despedidas com a situação atual.

Para Ricardo Tavares, há espaços, como o metropolitano, por exemplo, onde milhares de pessoas estão juntas sem ventilação. Mas as críticas da associação vão além do ministro, e chegam também ao presidente da Câmara Municipal de Lisboa, a qual acusa de não responder às questões.

Falando na situação atual, o responsável relembra que os dados diários apontam poucos casos e poucas mortes, dando mesmo os exemplos de Espanha ou Grécia, que têm restrições menos graves.

Esta sexta-feira realiza-se nova reunião entre especialistas e responsáveis políticos no Infarmed, onde deverá começar a definir-se o calendário para o verão.

Continue a ler esta notícia