Certificados de aforro voltam a captar investimento

Os certificados de aforro estão a voltar a captar investimentos. Em janeiro, pelo segundo mês consecutivo, as emissões deste produto de poupança superaram as amortizações, o que significa que houve uma entrada líquida de investimento.

No entanto, o montante acumulado que permanece investido neste instrumento de dívida caiu 15 milhões de euros no primeiro mês de 2013.

Segundo o boletim mensal de fevereiro da Agência de Gestão da Tesouraria e do Crédito Público (IGCP), no final de janeiro os portugueses tinham 9.684 milhões de euros aplicados em certificados de aforro, menos 15 milhões do que no final de dezembro de 2012.

No entanto, em janeiro, os portugueses mantiveram a tendência iniciada no mês anterior, em que pela primeira vez em pelo menos dois anos o valor investido neste produto foi superior ao resgatado: foram investidos 84 milhões e levantados 69 milhões.

Em agosto do ano passado, o Governo alterou as condições de remuneração dos Certificados de Aforro das séries B e C, que passaram a ter um prémio fixo a partir de setembro de 2012, ficando em ambas as séries com um retorno de cerca de 3,2%.

No caso da série B, a melhoria da remuneração traduziu-se num aumento do prémio fixo de 1%, passando a remuneração a ser de 3,2808%. Para a série C, o Governo decidiu suspender o prémio em vigor e substitui-lo por um prémio fixo de 2,75%, obtendo-se uma remuneração de 3,268%. Tanto a série B como a série C passaram a ser indexadas a taxas de juro de curto prazo.

Na altura, o Governo esclareceu que estas condições excecionais de remuneração vigoram de 01 de setembro de 2012 a 31 de dezembro de 2016, data após a qual serão retomadas as condições originais, estabelecendo-se um limite máximo de remuneração de 5%.