Redução da TSU será compensada com outras receitas

O administrador da Salvador Caetano, José Ramos, defende a diminuição da Taxa Social Única (TSU), considerando que «tudo que se traduza no aumento da competitividade das empresas, através da redução de custos, é bem-vindo».

José Ramos afirmou que «a TSU é um dos impostos que as empresas pagam e tudo o que se traduza no aumento da competitividade das empresas através da redução de custos é bem-vinda».

Se esta medida negociada entre o Governo e a «troika» avançar, «as contribuições para a Segurança Social reduzem, mas é como um investimento», defendendo que «haverá compensação com outras receitas».

José Ramos realçou que «com o aumento da competitividade das empresas, aumentam as vendas, as exportações e a criação de postos de trabalho, o que diminui o número de pessoas a receber fundo de desemprego, que passam a pagar impostos».

O também presidente da CaetanoBus, empresa fabricante de autocarros, realçou que «a produtividade do país não é das melhores e a redução da TSU seria uma forma de compensar um pouco a falta de competitividade».

Para o empresário, uma redução de quatro pontos percentuais, como defende o PSD, «é um bom começo» estimando que «possa representar um por cento no custo da mão-de-obra» na produção industrial.

Segundo José Ramos, «a medida deveria privilegiar as empresas exportadoras», mas se possível também as empresas cuja produção se destina ao mercado interno, porque «se as empresas forem mais competitivas levará a que se façam menos importações».

A redução da TSU é uma das medidas que consta do memorando assinado entre Portugal e a Comissão Europeia, o Banco Central Europeu e o Fundo Monetário Internacional, no âmbito do plano de ajuda ao país, visando tornar as empresas portuguesas mais competitivas.

A TSU é a contribuição paga mensalmente pelas empresas à Segurança Social por cada um dos trabalhadores. Actualmente, o seu valor é de 23,75 por cento.