Sindicatos de professores não assinam “acordozinhos” e ameaçam prolongar greve “até final do ano letivo” - TVI

Sindicatos de professores não assinam “acordozinhos” e ameaçam prolongar greve “até final do ano letivo”

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  • Joana Morais Fonseca
  • 3 fev 2023, 12:18
Novo dia de luta para os professores. Fenprof e STOP com ações de protesto em Lisboa (Lusa/TIAGO PETINGA)

Sindicatos dos professores reiteram que as novas propostas apresentadas pelo Governo ficaram "muito aquém das já baixas expectativas" e prometem anunciar novas "formas de luta" a 11 de fevereiro

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Os sindicatos dos professores reiteram que as novas propostas apresentadas pelo Ministério da Educação ficaram “muito aquém das já baixas expectativas” e avisam o Governo de que não assinam “acordozinhos”. Prometem ainda anunciar novas “formas de luta” na manifestação nacional de 11 de fevereiro.

As organizações sindicais que convergem na greve por distrito consideram que a reunião de quinta-feira com o Governo ficou “muito aquém das já baixas expectativas que levaram”, dado que além da “falta de um documento escrito faltaram respostas relativas a todos os assuntos que vão além do regime de concursos” dos professores, afirmou o secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, na conferência de imprensa que juntou nove organizações sindicais de professores, na Escola Secundária de Camões, em Lisboa.

Entre as linhas vermelhas definidas por estas organizações sindicais está a criação dos Conselhos Locais de Diretores, dado que com esta alteração os professores que estejam no quadro de escola/agrupamento podem passar a ser “em distribuição de serviço professores de hiperagrupamentos” por decisão deste organismo. “É inaceitável também o aumento de 6 para 8 horas aquilo que é considerado insuficiência do tempo letivo”, bem como a “imposição de os docentes dos quadros de zona pedagógica (QZP) terem de concorrer a mais 3 quadros além do seu”, o que obrigará alguns docentes a áreas superiores às atuais, apontou ainda o líder da Fenprof.

Mário Nogueira adiantou ainda que na última reunião o Governo apresentou “duas modalidades” para chegar acordo com os sindicatos: a assinatura de um acordo global ou, em alternativa, “a assinatura de 10 acordos parcelares”, sendo “um para cada aspeto do acordo global. “Ontem as organizações fizeram saber que não assinam acordozinhos. Assinarão um acordo global quando estiverem de acordo”, atirou.

Nesse sentido, as nove estruturas sindicais prometem “levar até ao fim” as greves distritiais previstas até 8 de fevereiro, assim como, fazer queixa ao Ministério Público sobre os alegados abusos aos serviços mínimos decretados (dado que estes foram decretados para a greves do Stop e não abrangem as greves distritais)Serviços mínimos abrem as portas das escolas, mas não garantem aulas

“Na manifestação nacional anunciaremos novas formas de luta e também a data ou datas do dia D para debater o documento do Ministério da Educação”, adiantou ainda o secretário-geral da Fenprof. “No dia D, a palavra é dos professores”, atirou, acrescentando que “a luta vai continuar se for essa a vontade dos professores e, sobretudo, se for essa a falta de vontade do Governo em resolver os problemas”. O responsável explicou que só a 11 de fevereiro serão decidido os próximos passos, mas questionado pelos jornalistas admitiu prolongar a greve “até ao final do ano letivo”.

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