Sector corticeiro: mulheres ganham menos do que os homens - TVI

Sector corticeiro: mulheres ganham menos do que os homens

CGTP optou por pedir a mediação do Ministério do Trabalho

As mulheres do sector corticeiro ganham menos 87,60 euros que os homens com a mesma categoria profissional, embora em 2008 tenham tido um aumento salarial ligeiramente superior ao dos homens para acabar gradualmente com esta diferença, denunciou uma federação sindical.

«Apesar de tudo o que se tem feito contra a discriminação salarial, actualmente. no sector corticeiro, as mulheres ainda têm uma diferença salarial de 87,60 euros relativamente aos homens com a mesma categoria e função», disse à agência Lusa Fátima Messias, dirigente da Federação dos Sindicatos da Construção, Cerâmica e Vidro.

«Não há igualdade»

Na mesma data em que a União Europeia lança uma campanha contra as diferenças salariais entre homens e mulheres, no âmbito do Dia Internacional da Mulher, a sindicalista lembrou que ainda não existe igualdade salarial entre homens e mulheres no sector corticeiro, apesar da lei estabelecer o contrário.

«O problema no sector corticeiro ainda não está resolvido apesar de se terem dado passos importantes nos últimos três anos», afirmou Fátima Messias, que também integra a comissão executiva da CGTP.

Em 2006, a diferença salarial neste sector era de 99 euros e, em 2007, passou a ser de 97,66 euros.

Em Junho de 2008, os sindicatos da CGTP e a associação patronal do sector corticeiro estabeleceram um acordo que prevê que, ao longo de 8 anos, homens e mulheres tenham o mesmo aumento absoluto - o que significa que terão um aumento percentual superior - para acabar com a diferença salarial.

As categorias de laminadora, lixadora, prensadora de cortiça natural, traçadora e escolhedora estão integradas no grupo XVI enquanto as mesmas categorias no masculino estão integradas no grupo XIV.

Tendo em conta a situação, os sindicatos da CGTP optaram por pedir a mediação do Ministério do Trabalho, que fez um proposta no sentido das partes reconhecerem que a trabalho igual corresponde salário igual.
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