Não é só o trabalho que está a mudar, são as pessoas. Identifica-se com o seu emprego? - TVI

Não é só o trabalho que está a mudar, são as pessoas. Identifica-se com o seu emprego?

  • ECO - Parceiro CNN Portugal
  • Joana Nabais Ferreira
  • 9 abr 2023, 10:57
Óculos (Pexels)

Menos identificados com o seu atual trabalho, os trabalhadores da geração Z mudam de emprego a uma maior velocidade, a uma taxa 134% superior a 2019

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Não é o trabalho que está a mudar ou, pelo menos, não é só o trabalho. São as pessoas. À medida que emerge uma maior importância atribuída ao equilíbrio saudável entre a vida profissional e a vida familiar e ao lema ‘trabalhar para viver’ e não ‘viver para trabalhar’, os profissionais começam a questionar-se sobre o propósito e a missão da empresa para a qual trabalham. Os trabalhadores com mais de 65 anos são os mais propensos a identificarem-se com os seus atuais trabalhos, duas vezes mais do que os jovens entre 18 e 29 anos, conclui uma investigação levada a cabo pela Moneyzine.

“Os trabalhadores mais jovens que se recusam a ser definidos pelo seu trabalho poderão ser menos propensos a uma carreira esgotante, mas a identificação com o próprio trabalho pode ser um enorme motivador, e esta próxima geração precisará de toda a motivação possível para superar os desafios com que se depara”, afirma Luke Eales, CEO da Moneyzine.

“Só o tempo dirá o que esta mudança na relação dos trabalhadores significará para a economia em geral”, acrescenta, citado numa publicação.

Mudam mais de emprego, sentem que precisam de mudar quem são e têm pouca fé no futuro

Menos identificados com o seu atual trabalho, os trabalhadores da geração Z mudam de emprego a uma maior velocidade, a uma taxa que é 134% superior a 2019. Os millennials, por sua vez, estão a mudar de emprego 24% mais e os boomers estão a fazê-lo 4% menos.

No que toca ao código de conduta, quase metade dos jovens do sexo masculino (49%) sente que precisa de mudar a sua aparência ou a sua apresentação para integrar-se no trabalho, em comparação com 32% dos trabalhadores homens com idades mais avançada. Entre as mulheres, a percentagem é mais elevada, independentemente da faixa etária (54% e 39%, respetivamente).

“Se os trabalhadores mais jovens sentem que têm de mudar quem são num ambiente de trabalho, é mais difícil para eles identificarem-se verdadeiramente com o seu trabalho”, conclui a Moneyzine.

Os jovens têm menos fé nas suas perspetivas de emprego no futuro. Metade dos trabalhadores americanos da geração Z com, pelo menos, 18 anos, assistiram a alguém no seu agregado familiar a perder um emprego ou sofrer um corte salarial devido à pandemia da Covid-19.

“Como resultado, muitos jovens sentem-se, provavelmente, céticos de que o seu próprio futuro será suficientemente estável para se identificarem. Um estudo recente descobriu que um terço dos trabalhadores britânicos entre os 16 e os 25 anos acredita que as suas perspetivas de carreira nunca irão recuperar totalmente após a Covid-19.”

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