Yannick Carrasco pode não ter nacionalidade portuguesa, pode já não passar as férias no Alentejo e pode até ter abdicado do apelido Ferreira no nome, mas garante que não deixa, por isso, de ter carinho por Portugal.
O avançado nascido na Bélgica de pai português e mãe espanhola recordou a história em conversa com o Maisfutebol e A Bola, que viajaram até Riade a convite da Liga Saudita, para sentir como se vive o futebol neste país árabe.
«Portugal fez sempre parte da minha história», começa por dizer Yannick Carrasco.
«O meu pai abandonou-me quando eu era pequeno, mas ele era português. Por isso, para mim, Portugal é como... Enfim, haverá sempre uma parte do meu sangue que é português.»
O avançado garante que o o sofrimento que houve no passado, porque houve algum, claro, está completamente resolvido. Hoje Yannick Carrasco garante viver sem ressentimentos.
«Não, Portugal não é sofrimento para mim. Estou em paz com Portugal, seguramente.»
Até porque o pai saiu de casa quando ele era ainda bebé, mas a mãe refez a vida. Com outro português, curiosamente.
Outro alentejano, que no verão o levava a Portugal de férias. Até aos seus sete ou oito anos, conta, os verões eram passados no Alto Alentejo. Desses tempos ficaram as boas memórias.
«O segundo marido da minha mãe também era português, portanto tenho dois meio-irmãos - um irmão e uma irmã -, que também têm um pai português. Além disso, Portugal traz-me boas recordações e a verdade é que passei bons momentos lá», confessa.
«Nao tenho nenhuma mágoa. Quando se é jovem, há coisas de que não nos lembramos, mas depois, é como te digo, o pai dos meus dois irmãos é português… O meu pai era de Elvas e o meu padrasto de Campo Maior, conheço as duas cidades e fui lá várias vezes de férias.»