Peritos vão discutir «gestão» da água - TVI

Peritos vão discutir «gestão» da água

Garrafa de água

Países da Bacia do Mediterrâneo participam num encontro, em Beirute

Relacionados
Peritos e responsáveis da gestão da água na bacia do Mediterrâneo reúnem-se esta semana em Beirute num foro, esta quarta-feira inaugurado, para estudar os problemas relacionados com este líquido vital e evitar que descambem em guerras, escreve a Lusa.

Na inauguração, o ministro da Energia e Água libanês, Alain Taburian, explicou que a reunião responde às resoluções adoptadas durante a conferência ministerial euromediterrânica sobre a água, realizada em Dezembro, na Jordânia.

Água: Portugal está «no bom caminho»

«É preciso antecipar já uma futura crise alimentar»

No foro libanês, em que participam quase todos os países da Bacia do Mediterrâneo, serão debatidos temas como a administração da água no Mediterrâneo, em especial no Médio Oriente e no Norte de África, a adaptação às alterações climáticas e o financiamento do sector hídrico, entre outros.

Taburian assinalou que, «apesar dos recentes conflitos trágicos na região, a organização desta semana da água indica o firme compromisso da comunidade mediterrânica de trabalhar com calma e de forma construtiva pelo bem de toda a região».

O encontro, denominado «A segunda semana da água em Beirute» prolonga-se até 7 de Fevereiro e foi organizado por iniciativa do Ministério libanês da Energia e Água e da Associação Mundial para a Água-Mediterrâneo.

A primeira semana da água em Beirute realizou-se há dois anos na capital libanesa.

O mundo arrisca uma grave penúria de água devido ao aumento constante da procura, mais rápida até que o crescimento da população mundial, previne um relatório divulgado no final de Janeiro pelo Foro Económico Mundial, em Davos, Suíça.

A escassez

«Em menos de 20 anos, a escassez de água pode fazer perder à Índia e aos Estados Unidos a totalidade das suas colheitas», inquietam-se os autores do relatório, acrescentando que, paralelamente, a procura alimentar deverá explodir.

Segundo eles, muitos locais no mundo estão já à beira de um esgotamento das reservas de água na sequência de «bolhas» especulativas sobre este recurso nos últimos 50 anos.

«O mundo já não pode no futuro gerir a questão da água como o fez até agora», previnem. Para o Foro de Davos, a água será dentro de 20 anos um assunto importante de investimentos, ainda mais do que o petróleo.
Continue a ler esta notícia

Relacionados