A nova selecionadora da equipa espanhola feminina, campeã do mundo em título, vai anunciar este sábado uma convocatória para a Liga das Nações, sem as 39 jogadoras que, na passada sexta-feira, assinaram uma nova carta a exigir mudanças estruturais na federação espanhola na sequência do polémico caso Rubiales.
Entre o grupo de jogadoras que assinaram a primeira carta, a 25 de agosto, logo após a polémica com o ex-presidente da federação, apenas duas desmarcaram-se desta segunda carta com novas exigências à federação espanhola. Trata-se de Athenea del Castillo, do Real Madrid, e de Sheila García, do Atlético Madrid.
A comissão negociadora da federação espanhola tinha apresentado um ultimato no passado domingo a exigir ao grupo de contestatárias que apresentassem uma lista com os nomes dos dirigentes e funcionários da federação alegadamente relacionados com o caso Jeni Hermoso.
Em troca, a federação espanhola garantiu às jogadoras que poderiam treinar e competir num «ambiente seguro», o que implicaria que não teriam de confrontar as pessoas assinaladas, garantindo ainda que, num prazo de um mês, adotaria todas as medidas necessárias.
Apesar da proposta da federação, as negociações prosseguiram num impasse na última madrugada e não houve um acordo final. O novo presidente da federação, Pedro Rocha, vai reunir-se na manhã desta segunda-feira com a nova selecionadora, Montse Tomé, para definir a hora da convocatória, prevista para entre o meio-dia e as 16h00, à partida, sem a presença das 39 jogadoras que assinaram a última quarta, entre as quais, estão a grande maioria das recentes campeãs do mundo.
A Espanha vai defrontar a poderosa Suécia na próxima sexta-feira, na estreia da nova edição da Liga das Nações, numa competição em que também vai ser discutida a qualificação para os próximos Jogos Olímpicos. A nova selecionadora Montse Tomé terá, assim, poucas horas para definir a lista de convocadas e terá poucos dias para a preparar a nova equipa para o embate com a Suécia.