Estados Unidos acreditam que a Ucrânia está por detrás do ataque que matou Darya Dugina - mas o alvo seria o pai - TVI

Estados Unidos acreditam que a Ucrânia está por detrás do ataque que matou Darya Dugina - mas o alvo seria o pai

Alexander Dugin e Darya Dugina

Informações recolhidas pelos serviços de informação norte-americanos levam a crer que a morte da filha do "cérebro de Putin" terá sido autorizada pelo governo de Kiev

morte de Darya Dugina continua envolta em mistério: se a Rússia acusa uma agente secreta ucraniana de ter armadilhado o carro onde seguia a filha do filósofo russo Alexander Dugin, Kiev nega a autoria do ataque e diz que este foi executado pelos próprios serviços secretos russos. 

Esta quarta-feira - e quase dois meses depois - o NY Times revela que os serviços de informação dos Estados Unidos acreditam que partes do governo ucraniano autorizaram o atentado com recurso a carro-bomba acabaria por matar a filha do célebre "ideólogo de Putin" - um elemento importante de uma campanha secreta que as autoridades norte-americanas temem que possa ampliar o conflito no leste europeu.

Esse é um dos motivos que leva alguns oficiais norte-americanos a suspeitar que Aleksandr Dugin seria o verdadeiro alvo da operação e que os agentes que a realizaram acreditavam que ele estaria no veículo com a filha.

As autoridades americanas que falaram sobre as informações ao NY Times (em condição de anonimato) não divulgaram, contudo, quais os elementos do governo ucraniano que autorizaram a missão, quem realizou o ataque ou se o presidente Volodymyr Zelensky autorizou a missão. 

Os oficiais norte-americanos garantem ainda que os Estados Unidos não estiveram envolvidos no ataque, seja no fornecimento de informações ou outro tipo de apoio. As autoridades americanas disseram também que não souberam da operação com antecedência e que ter-se-iam oposto ao assassinato se tivessem sido consultadas. Aliás, o NY Times revela também que os Estados Unidos terão ficado "frustrados" com a falta de transparência da Ucrânia sobre os seus planos militares, especialmente em solo russo.

O relatório dos serviços de informação norte-americanos foi divulgado ao governo dos Estados Unidos na semana passada. E, quando confrontados novamente com as informações, altos oficiais ucranianos voltaram a negar qualquer evolvimento no assassinato.

Embora a Rússia não tenha retaliado de maneira específica pelo assassinato, os Estados Unidos estão preocupados que este tipo de ataques – embora de alto valor simbólico – tenham pouco impacto direto no campo de batalha e possam incitar Moscovo a realizar os seus próprios ataques contra altos funcionários ucranianos.

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