A Força Aérea norte-americana vai avançar com a aplicação de medidas disciplinares a 15 pessoas, após a divulgação de informações classificadas por parte do luso-descendente Jack Teixeira, anunciaram as forças armadas americanas.
De acordo com os procuradores, o jovem de 21 anos, detido em junho, foi responsável pela maior fuga de informação secreta desde que 700 mil documentos classificados do governo no americano foram tornados públicos pelo WikiLeaks, em 2010. Jack Teixeira partilhou com um grupo de amigos na rede social Discord várias análises militares secretas, que continham informação sensível sobre vários aliados, incluindo informação sensível acerca da guerra na Ucrânia.
“As ações variaram desde a demissão de pessoal dos seus cargos, incluindo posições de comando, até punições extrajudiciais nos termos do Artigo 15 do Código Uniforme de Justiça Militar”, pode ler-se no comunicado da Força Aérea.
A medida mais gravosa caiu sobre o superior de Jack Teixeira. O coronel Sean Riley, comandante da 102.ª ala de informações, foi destituído do comando. Segundo a investigação, vários membros da unidade tinham “informações sobre pelo menos quatro casos distintos de atividade questionável” por parte de Teixeira.
“Se algum desses membros tivesse se apresentado, as autoridades de segurança provavelmente teriam facilitado a restrição do acesso aos sistemas/instalações e alertado as autoridades apropriadas, reduzindo a duração e a profundidade das divulgações não autorizadas e ilegais em vários meses”, disse o relatório.