"Vamos tratar disso": Joe Biden reage ao caso do balão espião chinês. FAA suspende voos num "esforço de segurança nacional" - TVI

"Vamos tratar disso": Joe Biden reage ao caso do balão espião chinês. FAA suspende voos num "esforço de segurança nacional"

  • CNN Portugal
  • RL
  • 4 fev 2023, 17:40
Xi Jinping e Joe Biden (Getty Images)

Presidente dos Estados Unidos foi questionado pela CNN se o governo iria abater o dispositivo de vigilância

Joe Biden pronunciou-se pela primeira vez este sábado sobre o caso do balão de vigilância chinês detetado no leste dos Estados Unidos e foi perentório: o governo norte-americano está "a tratar" do assunto.

Numa breve resposta à CNN, que questionou se o objeto iria ser abatido, o presidente norte-americano simplesmente afirmou: "Vamos tratar disso".

Segundo a publicação, Joe Biden tem discutido opções com militares desde que foi informado sobre o balão na terça-feira. Aliás, os conselheiros do presidente alertaram contra a decisão de "derrubar" o dispositivo sobre a terra porque os detritos podem atingir pessoas ou casas.

Entretanto, a Autoridade Federal de Aviação (FAA) dos EUA anunciou a suspensão temporária dos voos civis de três aeroportos - o de Wilmington, na Carolina do Norte, e o de Charleston e Myrtle Beach, na Carolina do Sul.

“A FAA suspendeu as partidas para os aeroportos de Wilmington (ILM), Myrtle Beach International (MYR) e Charleston International (CHS) para ajudar o Departamento de Defesa num esforço de segurança nacional”, anunciou a FAA em comunicado citado pela CNN Internacional.

Na quinta-feira, o Pentágono anunciou que tinha detetado um grande aeróstato sobre os EUA, acrescentando não ter dúvidas de que vinha da China e estava a ser utilizado para fins de espionagem. Pequim disse tratar-se de um dirigível civil utilizado principalmente para a investigação meteorológica que se tinha desviado "muito do curso planeado" devido ao vento.

Já na sexta-feira, os Estados Unidos anunciaram ter sido detetado um segundo balão a sobrevoar a América Latina, indicou o Pentágono, sem especificar a localização exata.

"Temos conhecimento de relatos de um balão a sobrevoar a América Latina. Estamos a avaliar se é mais um balão de vigilância chinês", disse o porta-voz do Pentágono, brigadeiro Pat Ryder, numa declaração enviada à imprensa.

O caso levou ao adiamento da visita do secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, à China, supostamente para ultrapassar as tensões entre os dois países em questões como Taiwan, direitos humanos, reivindicações da China na Ásia, Coreia do Norte, guerra russa contra a Ucrânia, política comercial e alterações climáticas.

A visita de Blinken a Pequim, originalmente marcada para domingo e segunda-feira, "foi adiada" e será remarcada quando "as condições estiverem certas", de acordo com um responsável, que pediu para não ser identificado, do Departamento de Estado.

A viagem tinha sido combinada pelos presidentes chinês, Xi Jinping, e norte-americano, Joe Biden, em novembro do ano passado, quando se reuniram à margem de uma cimeira na Indonésia.

A visita de Blinken não foi formalmente anunciada, mas elementos dos governos em Pequim e Washington falaram nos últimos dias sobre a deslocação.

"De facto, nem a China nem os Estados Unidos tinham [oficialmente] anunciado uma visita", comentou, na mesma nota, o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês.

"A publicação de informações [relacionadas com esta visita] é uma decisão exclusiva dos Estados Unidos", adiantou.

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