Os republicanos no Congresso dos EUA elegeram para novo candidato à liderança da Câmara de Representantes Mike Johnson, do estado do Luisiana, para tentar colocar um fim a uma crise política no Capitólio.
A deputada republicana Elise Stefanik revelou na noite de quarta-feira que Johnson, de 51 anos, venceu uma votação interna. Esta será a quarta tentativa dos republicanos para conseguir obter os 217 votos necessários em plenário para eleger um ‘speaker’
Horas antes, o anterior candidato, Tom Emmer, de 62 anos, do estado do Minnesota, tinha desistido de forma abrupta, no seguimento de reações negativas da direita, incluindo do ex-presidente Donald Trump.
Após a nomeação de Emmer, cerca de duas dúzias de republicanos de direita indicaram que não votariam a seu favor no plenário, negando-lhe a maioria de que precisa para conduzir a Câmara dos Representantes.
Mais tarde, Donald Trump emitiu uma declaração contundente nas redes sociais expressando veemente oposição a Emmer e a acusá-lo de ser “republicano apenas de nome”.
Na última volta da votação interna, Emmer tinha-se imposto a Mike Johnson, vencendo por 117 votos contra 97.
Johnson, um advogado especializado em questões constitucionais, liderou os republicanos em torno dos esforços legais de Trump para anular os resultados das eleições presidenciais de 2020, que perdeu face ao democrata Joe Biden.
Johnson é o quarto republicano a ser escolhido este mês para liderar o partido, no seguimento da moção de censura, apresentada por membros radicais próximos de Trump, que há três semanas levou ao afastamento do então líder Kevin McCarthy.
A presidência interina da Câmara de Representantes é atualmente ocupada por Patrick McHenry, mas até que um novo líder seja eleito, novas resoluções ou projetos de lei não podem ser aprovados.
A câmara está também impedida de aprovar resoluções que possam ajudar a regular a política económica, nomeadamente ao nível do combate aos efeitos da inflação, que ainda se mantêm a um nível elevado.
A nível externo, a ausência de um líder também impede a autorização de gastos em ajuda humanitária e militar em conflitos externos, como aqueles que ocorrem na Ucrânia (onde os Estados Unidos são o maior doador) e, mais recentemente, no Médio Oriente, depois de o aliado Israel ter declarado guerra ao grupo islamita Hamas.