Este é o tipo de música que mais estimula o cérebro em pacientes sedados - TVI

Este é o tipo de música que mais estimula o cérebro em pacientes sedados

  • CNN Portugal
  • DCT
  • 4 mar 2023, 15:00
Volbeat (Photo by Katie Darby/Invision/AP)

Estudo espanhol adianta ainda que a música pode ser uma aliada em casos de neuro-reabilitação de pacientes internados nos cuidados intensivos

Os pacientes que se encontram sedados ou sob o efeito de analgésicos apresentam uma maior resposta cerebral quando são expostos a música heavy metal. A conclusão é de um estudo piloto levado a cabo pelo Hospital Universitário de La Princesa, em Madrid, e citado pelo El Mundo.

De acordo com a investigação, dos três tipos de música em análise, clássica (Sonata for Two Pianos in D [Ré], K. 448, de Mozart), dodecafónica (Klavierstuck Op. 33a, de Schönberg) e heavy metal (The Devil's Bleeding Crown, da banda Volbeat), foi a última a que produziu mais respostas cerebrais.

Para o estudo, os investigadores espanhóis colocaram auscultadores em seis pacientes inconscientes (cinco mulheres e um homem) com idades entre os 53 e os 82 anos, tendo tocado de forma aleatória, num nível sonoro idêntico ao de uma conversa presencial, dois minutos de cada uma destas três músicas, de modo a perceber se o cérebro reagia de forma diferente a cada estilo.

Todos os pacientes estavam em estado crítico e com patologia cerebral primária sob sedação-analgesia.

Diz o estudo, publicado na revista Journal of Integrative Neuroscience, que a música heavy metal mostrou um aumento das bandas de frequência delta e teta do eletroencefalograma (EEG), método usado para monitorizar a atividade cerebral, nos lobos frontais (parte do cérebro associada às chamadas funções cognitivas superiores, como a tomada de decisão e a resolução de problemas) e as bandas alfa e beta da maior parte do couro cabeludo. 

Se o heavy metal, por um lado, aumentou as respostas do cérebro, a música clássica, por outro, mostrou uma tendência para reduzir a atividade cerebral, o que, para os autores do estudo, sugere que o heavy metal pode ser também uma mais-valia em casos de neuro-reabilitação de pacientes internados nos cuidados intensivos.

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