Chegámos ao dia da verdade. O Europeu 2024 culmina neste domingo com a final disputada entre as seleções de Espanha e Inglaterra, no Estádio Olímpico de Berlim, pelas 20 horas de Portugal Continental. Uma final inédita, entre duas equipas com um percurso muito diferente neste torneio.
E com registos bastante diferentes. A Inglaterra, que ficou do lado da fase a eliminar considerado unânimemente como mais acessível, ganhou sempre pela margem mínima neste torneio, empatou dois jogos da fase de grupos e foi seguindo em frente com recurso frequente a prolongamento ou grandes penalidades.
Na meia-final, com os Países Baixos, os ingleses venceram dentro dos 90 minutos, mas conseguiram o golo do triunfo apenas aos 90+1', com um golo de Ollie Watkins. Ainda assim, garantiram a segunda presença consecutiva em finais do Euro (perderam com a Itália em 2021).
Já a Espanha tem tido um percurso mais exigente, mas também mais deslumbrante. Ganhou sempre, mesmo frente à Croácia, Itália, Alemanha ou França. Bateu ainda a Albânia e a Geórgia. Um percurso de excelência para a seleção de Luis de la Fuente, que conta com uma Espanha de 'cara lavada', após 12 anos sem vencer troféus.
O que dizem as estatísticas sobre os dois finalistas
No mundo das estatísticas, a Espanha prevalece sobre a Inglaterra. Através da plataforma Sofascore, parceira do Maisfutebol, conseguimos perceber que, nos mesmos seis jogos, a Espanha marcou 13 golos e sofreu três - a Inglaterra marcou sete e sofreu quatro.
A Espanha tem mais oportunidades criadas por jogo do que a Inglaterra e mais remates, em média (17.7 contra 11.2). No entanto, há que sublinhar que também permite mais remates ao adversário do que os ingleses, pela sua forma de jogar mais aberta (11 remates permitidos contra 9.5, em média). No capítulo da posse de bola, há um empate técnico (57% e 58%).
A classificação média do Sofascore dá destaque, neste Europeu, aos espanhóis Fabián Ruiz (8.02), Dani Olmo (7.94) e Marc Cucurella (7.60). Do lado inglês, o médio Declan Rice é o mais destacado (7.48), seguido de Jude Bellingham (7.35).
Se os selecionadores não apresentarem nenhuma surpresa, a Espanha vai voltar a apresentar-se num 4-3-3, com muita velocidade e mobilidade no ataque, assegurada pelos extremos Lamine Yamal e Nico Williams. Por outro lado, a equipa de Southgate deve jogar num 3-4-2-1 fluido, pois ora os alas estão na linha do meio-campo, ora baixam para a defesa, ou até jogam de forma de assimétrica.
As duas equipas apresentam-se praticamente na máxima força. Neste capítulo, a Inglaterra está em vantagem, porque a Espanha não vai puder contar com os lesionados Pedri e Ayoze Pérez. Dani Carvajal, no sentido contrário, regressa às opções do selecionador. Os ingleses estão na máxima força. Quem irá vencer o Euro 2024?