Há precisamente 20 anos, a 24 de junho de 2004, Ricardo salvou Portugal. O então guarda-redes da Seleção tirou a luvas, defendeu o penálti do inglês Darius Vassell e, em seguida, agarrou na bola e bateu a grande penalidade decisiva. Portugal eliminou a poderosa Inglaterra de Lamparda, Beckham, John Terry, Michael Owen e Wayne Rooney e seguiu para as meias-finais com a então denominada Holanda, no jogo que ficou eternizado como a batalha de Nuremberga.
Esta segunda-feira, na conferência de imprensa da Seleção no Euro 2024, Diogo Costa lembrou o momento, entre elogios ao agora treinador de guarda-redes Ricardo. "É sempre um privilégio estar todos os dias com o Ricardo, partilhar momentos únicos e treinar com ele", garantiu o guardião titular da seleção das quinas, que partilhou ainda um desejo pessoal: "Que me passe todos os conselhos para que possa para defender penáltis e ajudar a equipa, que é o mais importante".
Questionado se, na eventualidade de Portugal se deparar com uma fase de desempate por grandes penalidades, estaria a pensar defender sem luvas, tal como fez Ricardo no Estádio da Luz no Euro 2004, Diogo Costa respondeu com humor: "“Acho que é com luvas sempre, agora. Isso fica para o Ricardo”.
Em retrospetiva, Diogo Costa reconheceu que "não fez o melhor Mundial [referindo-se ao campeonato do mundo de 2022]", mas assegurou: "O que posso garantir sempre é que vou dar o meu melhor".
Se em tempos existiram rumores de haver "grupinhos na Seleção", Diogo Costa tranquilizou os portugueses, garantindo que "existe amizade entre o grupo" e que "o respeito está sempre presente". "A amizade bem sólida que temos entre nós é o que nos vai dar muita força para o resto do Euro", destacou.
"O respeito que tenho pelo Sá e pelo Rui é enorme. Estou sempre a representá-los dentro do campo", afirmou Diogo Costa.
As famílias dos jogadores foram autorizadas a passar uma noite com as estrelas nacionais no hotel em que a Seleção pernoita e Diogo Costa destaca que esta foi uma boa decisão da Federação Portuguesa de Futebol e que pode trazer benefícios: "É sempre muito bom e ajuda-nos a aliviar de certa forma aquilo que é o contexto cá, de trabalhar e lidar com a pressão dos jogos".
"Tenho a certeza que a família é o suporte de todos nós e tenho sempre felicidade de recebê-los. Vai dar ainda mais motivação para o resto do campeonato", acrescentou.
Por fim, o jovem guarda-redes lembra que, apesar de tudo isto, só há um objetivo comum: "O que mais importa é que a seleção ganhe". "Representar a seleção é sempre o topo dos topos", culminou.