De acordo com a Associação Nacional do Ramo Automóvel (ARAN), no País existem cerca de 12 mil empresas de comércio automóvel legais, mas este é um dos sectores em que é socialmente conhecida a existência de uma elevada taxa de ilegalidade e de fuga ao Fisco.
«As vendas de carros usados não são controladas por ninguém, aliás, há muitos stands ilegais», sublinha o presidente da associação, Teixeira Lopes, em declarações à «Agência Financeira».
Esta é, também uma das razões que contribui para a «imagem de pouca credibilidade do sector». É que esta falta de controlo resulta em muitas disparidades a nível de preços oferecidos pelos carros usados quando os stands fazem a sua retoma e também nos preços de venda.
«Não se sabe muito bem a quem pertencem os carros nestes stands, até porque eles fazem muitos negócios entre eles e há uma elevada rotatividade de veículos entre os stands de usados. E, para além disso, há também o problema de muita gente vender carros na rua. São cada vez mais os casos de carros parados nas ruas com papéis a dizer «Vende-se» nos vidros e já há pessoas que praticamente vivem disso, desse tipo de negócio», explica o presidente da ARAN.
Estas situações só contribuem para a falta de credibilidade do sector. «Nesses casos, ninguém controla a segurança do carro, a quilometragem, não há livro de manutenção da viatura, não se sabe se o carro foi acidentado e, caso tenha sido, se foi devidamente reparado», explica. Muitos portugueses são «enganados» nestes negócios.
A ARAN tem vindo a propor ao Governo várias medidas nesta matéria e, uma das mais recentes é a obrigatoriedade de os carros acidentados serem presentes, depois de reparados, a um centro de inspecções.
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Stands ilegais proliferam em Portugal
- Paula Martins
- 7 jun 2006, 20:02
Um dos factores que tem a sua quota-parte de responsabilidade na crise do negócio de carros usados em Portugal é a ilegalidade.
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