Governo diz que pagar a empresas privadas para analisar preços é "perfeitamente justificável" - TVI

Governo diz que pagar a empresas privadas para analisar preços é "perfeitamente justificável"

  • Agência Lusa
  • CF
  • 4 abr 2023, 16:40
Preços nos supermercados portugueses (Pedro Fiúza/Getty Images)

Secretário de Estado da Agricultura defendeu a utilização dos fundos disponíveis para desenvolver um relatório “muito mais musculado”, em vez de recorrer a pessoas “que não têm esta experiência de anos”.

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O secretário de Estado da Agricultura defendeu esta terça-feira que o recurso a entidades privadas para analisar os preços ao consumidor é um modelo já adotado por outros Estados “perfeitamente justificável”.

O Governo assinou contratos com a Euroteste e com a Consulai, no âmbito do Observatório de Preços, para obter informações sobre os preços para o consumidor, bem como a metodologia de análise da cadeia de valor.

“Porquê entidades privadas? Estamos a adotar o mesmo modelo que outros Estados adotaram, como os nossos vizinhos espanhóis, que recorreram a atividades privadas isentas, com recursos e ‘know-how’ [conhecimento] para o fazer de forma mais eficiente”, afirmou Gonçalo Rodrigues, em resposta aos deputados na comissão parlamentar de Agricultura e Pescas.

Para o governante, é “perfeitamente justificável” utilizar os fundos disponíveis para desenvolver um relatório “muito mais musculado”, em vez de recorrer a pessoas “que não têm esta experiência de anos”.

Na segunda-feira, o Ministério da Agricultura precisou, em comunicado, que os contratos foram assinados com a Euroteste – Marketing e Opinião, para a compra de serviços de informação e acompanhamento dos preços pagos pelos consumidores, que incluem a recolha semanal, entre 2023 e 2024, e o histórico de informação relativamente aos anos 2019, 2020, 2021 e 2022, e com a Consulai – Consultoria Agro-Industrial.

Este último para a aquisição de uma metodologia de análise das fileiras, que permita identificar pontos críticos para a recolha de informação sobre os custos da atividade, bem como a “caracterização das componentes da formação do preço e margens líquidas”.

Citada no mesmo comunicado, a ministra da Agricultura e da Alimentação, Maria do Céu Antunes, defendeu que este procedimento vem reforçar “os mecanismos de transparência e contribui para um acompanhamento eficaz dos preços, da primeira venda ao preço efetivo pago pelo consumidor”.

O jornal ‘online’ ECO, parceiro da CNN Portugal, noticiou no mesmo dia que, no âmbito destes contratos, o Estado vai pagar 230.000 euros à Euroteste e 53.700 euros à consultora agroindustrial.

O Observatório de Preços “Nacional é Sustentável” tem por objetivo acompanhar os custos e preços ao longo da cadeia de abastecimento agroalimentar.

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