Fábio Santos Loureiro, ou Fábio “Cigano”, era já uma cara conhecida das autoridades e chegou a ser um dos homens mais procurados do Algarve por dominar o tráfico de haxixe e cocaína nos concelhos de Albufeira, Lagoa e Portimão. Aos 33 anos, é agora notícia por ter sido novamente detido, desta vez em Marrocos, e depois de ter fugido da prisão de Vale de Judeus, para onde tinha sido transferido há pouco mais de um ano.
Fábio “Cigano” entrou no mundo do crime ainda menor de idade, altura em que passou a estar debaixo de olho das autoridades. Ainda jovem assumiu o comando de um gangue juvenil quando o cabecilha foi detido em Espanha. E foi a partir deste momento que se tornou um dos maiores traficantes de droga do Algarve.
Natural da freguesia de Carvoeiro, em Lagoa, Fábio Loureiro foi, ao longo de anos, responsável por vários assaltos violentos na região e era conhecido por andar sempre armado e em carros de alta cilindrada. Em julho de 2011, com apenas 20 anos, esteve envolvido num tiroteio junto a uma casa, dentro da qual estavam várias pessoas, incluindo um bebé de seis meses. Em causa estará um ajuste de contas.
Com um longo cadastro, chegou a ser considerado o fugitivo mais procurado das autoridades do Algarve, foi capturado algumas vezes, mas acabou sempre por ser libertado pela falta de prova. Somente em 2014 é que as autoridades o conseguiram deter. Fábio “Cigano” encontrava-se numa casa isolada que utilizava como refúgio, localizada em Alcoutim, muito próxima da fronteira com Espanha.
Antes de fugir de Vale dos Judeus, cumpria 25 anos de cadeia pelos crimes de tráfico de menor quantidade, associação criminosa, extorsão, branqueamento de capitais, injúria, furto qualificado, resistência e coação sobre funcionário e condução sem habilitação legal. Esteve, até março deste ano, a cumprir pena na prisão de Pinheiro da Cruz, em Grândola.
Fábio “Cigano”, um dos cinco fugitivos da prisão de Vale de Judeus, foi este domingo detido em Marrocos. O evadido foi detido 22:00 pelas autoridades marroquinas, em Tânger, com a colaboração das autoridades espanholas em estreita articulação com a Polícia Judiciária (PJ), lê-se num comunicado das autoridades portuguesas - que anuncia ainda que a operação policial internacional foi desencadeada em menos de 24 horas.