Quem era Salah al-Bardawil, líder político do Hamas morto em ataque de Israel a Khan Younis - TVI

Quem era Salah al-Bardawil, líder político do Hamas morto em ataque de Israel a Khan Younis

  • CNN Portugal
  • 23 mar, 08:41
Salah al-Bardawil, líder político do Hamas desde 2021, morto em ataque de Israel à Faixa de Gaza (Cris Bouroncle/AFP via Getty Images)

Membro do gabinete político da milícia desde 2021 morreu com a mulher num de uma série de ataques aéreos à Faixa de Gaza na última noite, que provocaram pelo menos 19 mortos no enclave palestiniano

Nasceu num campo de refugiados em Khan Younis, na Faixa de Gaza, a 24 de agosto de 1959. Morreu na última noite num acampamento de deslocados em al-Mawasi, a oeste da cidade-natal, um de pelo menos 19 mortos numa série de ataques aéreos executados por Israel contra a Faixa de Gaza.

Os detalhes da morte de Salah al-Bardawil, o mais recente cabecilha do Hamas a ser morto pelas forças israelitas, foi o próprio grupo, que num comunicado emitido na manhã deste domingo indica que o seu líder político foi morto ao lado da mulher numa "traiçoeira operação de assassinato sionista", na tenda onde estavam temporariamente instalados.

Descrito pelo Hamas como um “farol do trabalho político, mediático e nacional, e um símbolo de honestidade, firmeza e sacrifício”, Al-Bardawil foi um líder “nunca deixou de cumprir um dever, tomar uma posição ou servir a causa” palestiniana, é referido no mesmo comunicado - sendo mais uma vítima da "série de massacres brutais cometidos pelo inimigo contra o nosso povo firme na Faixa de Gaza", refere a milícia.

Na viragem do século, mudou-se para o Egito, onde estudou árabe e literatura, tendo obtido um doutoramento em literatura palestiniana em 2001. Antes disso, durante a década de 1990, foi professor em escolas públicas e na Universidade Islâmica, depois foi chefe de redação do jornal Al-Rusala, entre 1997 e 2001.

Segundo a Quds News Network, agência de notícias palestiniana fundada em 2011, Salah al-Bardawil aderiu ao Hamas aquando da fundação do grupo, em finais de 1987, tendo passado mais de 70 dias detido em duas prisões, de Gaza e Ashkelon, após ter sido detido pelas forças israelitas em 1993.

Eleito para o Conselho Legislativo Palestiniano pelo Bloco da Mudança e da Reforma, filiado no Hamas, nas eleições de 2006 no enclave palestiniano, tinha sido eleito para o gabinete político do Hamas em 2021.

Nos anos anteriores, foi porta-voz do grupo, responsável por falar com a comunicação social dos países árabes e por escrever e publicar artigos e trabalhos de investigação sobre a questão da Palestina para jornais locais e regionais.

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