Uma família desalojada no incêndio da Mouraria já tem residência alternativa. Outros 10 desalojados continuam em "situação de grande vulnerabilidade" - TVI

Uma família desalojada no incêndio da Mouraria já tem residência alternativa. Outros 10 desalojados continuam em "situação de grande vulnerabilidade"

  • Agência Lusa
  • CF
  • 10 fev 2023, 18:21
Incêndio na Mouraria: proprietária garante que alugou apartamento como uma loja por 750€

Informação foi confirmada por fonte da Santa Conta da Misericórdia, que revela estar a trabalhar na "autonomização" dos desalojados

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A Santa Casa da Misericórdia confirmou esta sexta-feira que uma família afetada pelo incêndio de sábado num prédio da Mouraria, em Lisboa, já encontrou uma residência alternativa e que mantém os apoios aos outros 10 desalojados.

“Um dos três agregados familiares, de três pessoas cada um deles, já se autonomizou, já encontrou uma residência alternativa, pelo que já não está a receber qualquer apoio da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa”, disse à agência Lusa fonte da instituição, que não soube especificar qual a solução encontrada pela família em causa.

“Os outros dez desalojados continuam numa situação de grande vulnerabilidade e a beneficiar do nosso apoio”, acrescentou a mesma fonte.

De acordo com a Santa Casa da Misericórdia, um dos dois agregados familiares que continuam a receber apoio mantém-se na pensão para onde foi encaminhado inicialmente, mas está a ser considerada a possibilidade de ser transferido para outro local.

A outra família permanece num quarto subarrendado, também com o apoio da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.

No que respeita aos outros quatro desalojados isolados, dois já transitaram para uma nova pensão e os outros dois deverão juntar-se-lhes nos próximos dias.

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa não revelou, no entanto, se já há uma perspetiva e um prazo previsto para a autonomização para estas dez pessoas desalojadas, mas assegurou que se está a trabalhar nesse sentido porque “é do interesse de todas as partes”.

No último sábado à noite, um incêndio que deflagrou num prédio na Rua do Terreirinho, na Mouraria, em Lisboa, provocou dois mortos, um dos quais um jovem de 14 anos, ambos de nacionalidade indiana, e um total de 14 feridos, todos já com alta hospitalar.

Na segunda-feira, o Serviço Municipal de Proteção Civil realizou uma vistoria para avaliação do estado de conservação do edifício, tendo concluído que a parte estrutural do prédio não foi afetada, mas que o mesmo não reúne condições de habitabilidade.

As causas do incêndio ainda não são conhecidas, estando a ser investigadas pela Polícia Judiciária.

Questionado pela agência Lusa, o Alto Comissariado para as Migrações (ACM) disse que as pessoas afetadas pelo incêndio beneficiaram de diversos tipos de apoio, incluindo o alojamento alternativo, que continua a ser assegurado através da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.

O ACM referiu ainda que, no âmbito das suas competências, através da sua Rede Nacional de Apoio à Integração de Migrantes (RNAIM), “promove um trabalho conjunto e articulado com o poder local e entidades da sociedade civil”.

“Este trabalho visa acompanhar proativamente os processos de acolhimento e integração de cidadãos migrantes nos diferentes territórios a nível nacional, atendendo às suas especificidades, procurando prevenir e identificar vulnerabilidades, bem como apoiar as autarquias na concretização de soluções conjuntas e coordenadas para dar resposta aos desafios dos territórios”, sublinha o Alto Comissariado para as Migrações.

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