Declarações de Bruno Lage, treinador do Benfica, após a vitória por 1-2 frente ao Farense, na 10ª jornada da I Liga, disputada este sábado, 2 de Novembro, no Estádio Algarve.
[Que leitura faz do jogo e o que fez a diferença?]
Sabíamos das dificuldades porque temos visto o Farense a crescer e a forma como joga, como pressiona. E também a dificuldade deste ciclo de três jogos com apenas dois dias entre os jogos: sabíamos que isso nos poderia criar alguns problemas.
A equipa entra atenta no jogo, fizemos alterações à procura da frescura, de pressionar de maneira diferente. Acho que resultou muito bem porque temos logo uma pressão aos 2/3 minutos em que o Di María recupera a bola na zona central, fora da área, e podíamos ter feito melhor.
Tentámos sempre procurar o espaço e há o momento em que sofremos o golo: podíamos ter sido mais fortes, tanto no confronto individual, como no cruzamento.
Quero realçar a capacidade da equipa de ter sofrido um golo, mas rapidamente ter criado oportunidades, ter marcado o empate.
A segunda parte ainda foi melhor da nossa parte por aquilo que fizemos. Penso que, num momento ou outro, podíamos ter feito mais um golo e agora, por o ver ao vivo, percebo o que se diz do guarda-redes do Farense. Fez duas defesas muito boas.
Não fizemos novo golo, o jogo ficou dividido, mas acho que podíamos ter tido um maior controlo do jogo. Fica fácil de admitir que, nos minutos finais, com o jogo dividido, o Farense tem uma bola que cruza toda a nossa área.
Acho que podíamos ter feito o terceiro golo mais cedo, mas o mais importante é olhar para este ciclo – Rio Ave, Santa Clara e Farense – e ver que marcámos dez golos, sofremos um, somámos seis pontos e seguimos em frente na Taça da Liga.
Fechamos este ciclo satisfeito e temos quatro dias para preparar o jogo com o Bayern de Munique.
[Saída de Bah, ao intervalo, foi uma questão física?]
Sentiu um ligeiro desconforto e tínhamos de alterar. Começámos com três médios e o objetivo ao intervalo era passar a dois; sabendo do desconforto, nada de especial, mas houve jogadores a acusar fadiga e fizemos essa alteração, percebendo que o Aursnes podia fechar por ali.
Passámos a defender praticamente a três, com Tomás, Nico e Carreras, e a ter, na direita, dinâmica por dentro e por fora com Di María e à esquerda com Beste e Aktur.