José Mota: «Penálti? Hoje não estava a chover, mas é caído do céu» - TVI

José Mota: «Penálti? Hoje não estava a chover, mas é caído do céu»

José Mota no FC Porto-Farense (MANUEL FERNANDO ARAÚJO/LUSA)

Treinador do Farense mostrou-se claramente irritado com as decisões nos dois golos dos dragões

Relacionados

José Mota, treinador do Farense, na flash interview, após a derrota frente ao FC Porto, por 2-1:

[União da equipa] «Nós sabemos que quando defrontamos o FC Porto no Dragão. Uma equipa que dispensa apresentação. Tínhamos de ser solidários. Nem sempre foi possível porque são uma equipa que pressiona muito, nomeadadamente no corredor central. Tivemos bastante dificuldade em jogar um futebol mais apoiado. Mas penso que estávamos a equilibrar um pouco o jogo, embora o FC Porto com mais bola e mais situações de perigo. Mas nós organizados e a tentar que eles não tivessem um ascendente naqueles momentos de transição, naquela profundidade que os médios fazem na nossa defensiva.»

«Penso que estávamos a conseguir. A equipa estava muito solidária e muito bem organizada defensivamente. Pena não sairmos com mais critério. Ainda tivemos duas ou três situações. O que pretendíamos era criar calafrios na equipa do FC Porto. O resultado estava 0-0 ao intervalo. Nós pensamos que, não só pelo desgaste do FC Porto, mas também com algumas alterações que pudéssemos produzir, pudéssemos tomar mais conta do jogo.» 

«Penso que o fizemos, veio logo o golo do FC Porto. Até me custa falar, porque é assim… Veio o golo do FC Porto. Uma grande penalidade. Hoje não estava a chover, mas é caído do céu. O FC Porto esteve a ganhar. Viemos para cima do jogo. Tentámos conseguir o empate. Conseguimos o empate e quando pensava que o jogo estava a entrar numa fase em que poderíamos criar essas transições e ser um pouco mais agressivos na questão ofensiva.»

«Aparece o segundo, mais uma vez pergunto onde está o VAR. Não há faltas a favor do Farense. Um pisão enorme sobre o Poloni. Não existe, segundo golo e cá está: uma vitória para o FC Porto. Zero pontos para o farense. E nós continuamos a assobiar para o ar.»

«A pergunta que faço é esta: vocês acham que foi penálti? Pergunto a todo o mundo se acha que foi penálti. Não existiu realmente um pisão sobre o Poloni no segundo golo do FC Porto?»

«Estes são os tais critérios que ditam as verdades. Aquelas verdades que todos nós sabemos. Aquelas verdades desportivas. Isto pesa muito, isto faz a diferença para quem andou a trabalhar toda a semana, a tentar organizar, a tentar falar… para a próxima vez é melhor nem darmos conferências de imprensa. Andamos aí na mesma ladainha, como diz o povo, a falar daquilo e daqueloutro. Só conversa para boi dormir. Depois chegamos ao jogo e acontecem este tipo de critérios e situações que não dignificam o futebol português.»

«Se viesse de França, Alemanha ou de outro lado qualquer ver o jogo, diria algo surpreendente, que é a forma como se perdem jogos e ganham jogos.»

«Faço 25 anos de treinador. Há 25 anos atrás era assim e vai-se manter. Quando comecei como treinador, defrontei o pai do atual treinador do FC Porto, o meu amigo Vítor Manuel. Já defrontei o pai e já defrontei o filho. A verdade é que mudou muito pouco o futebol português. Muito pouco. Continuamos a ter VAR, mas só vê para alguns.»

[No final do encontro tentou falar com o árbitro] «Expliquei-lhe exatamente isto. Mas eles não explicam. Eu vi que não é penalti, que é um pisão no segundo golo. Eu devo ver de mais. Não é justo. Ontem fizemos 600 km ontem para vir. Trabalhamos muito durante a semana, para chegar aqui e fazermos isto que aconteceu. Desculpem, mas isto revolta-me. eu não sou deste género. Revolta-me muito.»

Continue a ler esta notícia

Relacionados