FC Porto fecha acordo com a Câmara para construir um pavilhão multidesportivo - TVI

FC Porto fecha acordo com a Câmara para construir um pavilhão multidesportivo

FC Porto fecha acordo com CM do Porto (FOTO: FC Porto)

FC Porto pagará ao município uma quantia simbólica de 50 euros por mês durante os primeiros quatro anos, passando depois a 10,9 mil euros anuais

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O FC Porto e a Câmara Municipal (CM) do Porto formalizaram esta sexta-feira a transmissão do direito de superfície de um terreno afeto à Escola Ramalho Ortigão, atualmente desativada. Com este acordo, os dragões vão construir um novo pavilhão multidesportivo destinado aos escalões de formação. O objetivo será acolher todos os escalões, alargar a prática e incrementar a oferta de desporto adaptado.

André Villas-Boas, presidente do FC Porto, e Rui Moreira, presidente da CM Porto, assinaram a escritura que ficará válida para os próximos 70 anos. Nos primeiros quatro anos, o FC Porto pagará ao município uma quantia simbólica de 50 euros por mês, passando depois a 10,9 mil euros anuais.

A Escola Ramalho Ortigão encontra-se próxima das Piscinas de Campanhã, que já são utilizadas pelo FC Porto, aproximando, assim, as sinergias entre as modalidades. 

André Villas-Boas: «Este é um passo significativo para o FC Porto»

Na sequência da confirmação do acordo, o presidente do FC Porto enalteceu passo significativo para o FC Porto, que aponta para um crescimento do clube. 

«Este é um passo significativo para o FC Porto, não só na continuação do seu impacto social e desportivo sobre a cidade, mas também na continuação do seu crescimento eclético», começou por referir. «É um passo que permite fazer com que a formação das modalidades do FC Porto deixe de andar com a casa às costas, que era um dos grandes problemas dessas equipas», acrescentou. 

AVB agradece a Rui Moreira: «Sobretudo pelo que representa enquanto sócio do FC Porto, todo o seu portismo»

O dirigente portista deixou rasgados elogios a Rui Moreira, presidente da Câmara, a quem reconhece a contribuição «sobretudo pelo que representa como sócio do FC Porto».

«Este grande passo não seria possível sem a preciosa ajuda da Câmara Municipal do Porto, no último ato de um grande portista a quem o FC Porto agradece de coração, pela forma como respeitou a instituição desde que tomou posse, sobretudo pelo que representa enquanto sócio do FC Porto, todo o seu portismo, que lhe é visceral e que seguramente, no futuro, o fará orgulhar-se de ter assinado este protocolo e de tudo o que deu ao FC Porto enquanto foi presidente da Câmara», referiu André Villas-Boas.

Rui Moreira: «Eu não gosto muito do termo, mas eram tempos mesmo conturbados»

Na assinatura da escritura, Rui Moreira, presidente da CM do Porto, recordou os tempos «conturbados» em que o município e o FC Porto viviam no momento em que assumiu funções. 

«Quando cá chegámos, há 12 anos, uma das nossas preocupações era a normalização da relação entre o Município do Porto e as instituições da cidade. Eu não gosto muito do termo, mas eram tempos mesmo conturbados. Logo no início conseguimos fazer com o FC Porto um acordo relativamente às piscinas do clube. Foi um dos atos simbólicos mais importantes, foi o retomar de uma relação normal com o FC Porto», atirou o presidente da CM do Porto. 

«Se não fosse o FC Porto a fazer, teríamos de ser nós a fazer este investimento»

Rui Moreira fez questão de reforçar que o negócio é bom para os dois lados, admitindo que o passo em frente do FC Porto poupa recursos à própria Câmara. 

«Queria também dizer, para que fique claro, que este é um bom negócio para a cidade, porque se não fosse o FC Porto a fazer, teríamos de ser nós a fazer este investimento. E não foi o presidente da Câmara que decidiu, foi o Executivo Municipal e a Assembleia Municipal», assumiu. 

«Um clube que interpreta aquilo que é o sentimento da cidade»

 O presidente da Câmara do Porto enalteceu o reconhecido nome do FC Porto pelo mundo fora, uma «dívida de gratidão» como descreve Rui Moreira. 

«Desde a Birmânia ao Bangladesh, toda a gente sabe que o FC Porto faz, de facto, parte da nossa identidade enquanto cidade e nós temos essa dívida de gratidão para com um clube que interpreta aquilo que é o sentimento da cidade», concluiu.

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