A Figura: Messi, um génio com idade
A cinco dias de completar 38 anos, Lionel Messi continua a brilhar, adaptando-se ao contexto competitivo e à própria capacidade física. Talvez já não seja veloz, mas o dom técnico prevalece, pelo que continua a liderar a transição ofensiva e. Assim foi na noite desta quinta-feira, em Atlanta, frente ao FC Porto.
Além do soberbo golo que consumou a reviravolta, de livre direto à entrada da área (2-1), o astro argentino acumulou seis duelos ganhos – em nove – 43 passes – em 56 tentados – um desarme, um remate bloqueado e três faltas sofridas.
Pelo meio ou descaído para a esquerda, aproveitou a excessiva distância entre setores do FC Porto, procurando Luis Suárez na profundidade. Na maioria das investidas protagonizadas por Messi, Cláudio Ramos agigantou-se para evitar outro desfecho.
O Momento: Segovia inicia “remontada”, 47 minutos
Foi o princípio do fim para o FC Porto em Atlanta. Depois de o ex-Casa Pia restabelecer a igualdade – beneficiando da apatia defensiva dos azuis e brancos – o Inter Miami retomou a batuta, consumou a reviravolta e tornou-se compacto. Por isso, até final, o FC Porto ameaçou, mas de pólvora seca.
Outros destaques.
Cláudio Ramos: evitou pelo menos três golos do Inter Miami – e defendeu um remate de Suárez a abrir, ainda que o avançado estivesse em fora de jogo. Voltou a ser o melhor do FC Porto, uma vez que compensou o constante desequilíbrio defensivo. Os adversários continuam a gozar de facilidade para penetrar na profundidade, ora pelo meio, ora pelos corredores.
Rodrigo Mora: inconformado, pecou pela tentação de forçar duelos “um para um”. Em todo o caso, criou oportunidades, ajudou à transição e desencantou um ótimo remate aos 40 minutos – cortado na linha.
Samu: deixou os dragões em vantagem, mas desapareceu na segunda parte. Se até ao intervalo foi “engolido” pela mancha rosa, na etapa complementar revelou-se mero vulto. Maioritariamente só na área, o avançado espanhol não encontrou espaço para reter a posse ou para visar a baliza com selo de golo.
Fábio Vieira, João Mário, Francisco Moura, Gabri Veiga e Martim Fernandes: usufruíram de espaço para criar e brilhar até ao intervalo, mas acusaram o segundo golo do Inter Miami. Desapareceram – ou foram substituídos – evidenciando, de novo, a falta de segundas linhas na turma de Anselmi.
Sergio Busquets: a um mês de atingir os 37 anos, continua fidedigno ao legado deixado em Barcelona. É um senhor em campo, por norma astuto sem bola. Venceu seis duelos – em nove – totalizou quatro interceções, três desarmes e 70 passes – em 74 tentados. Foi porteiro do quinteto defensivo e o primeiro elemento para a transição ofensiva, estacionando nas imediações da área do FC Porto.
