Villas-Boas deixa recado à SAD: «A vossa renúncia não seria um ato de fuga» - TVI

Villas-Boas deixa recado à SAD: «A vossa renúncia não seria um ato de fuga»

Novo presidente do FC Porto considerou que a saída dos administradores da Sociedade Anónima «seria um ato nobre» que os «elevaria» e aponta que «30 ou 31 de maio já é tarde»

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André Villas-Boas tomou, esta terça-feira, posse como 32.º presidente do FC Porto. No longo discurso, Villas-Boas deixou palavras de agradecimento e reconhecimento «pela obra» do presidente cessante, mas deixou um recado à administração da SAD liderada por Pinto da Costa.

«Não poderia deixar de terminar este discurso sem fazer um apelo ao bom senso da administração da SAD do FC Porto. A vossa renúncia não seria jamais considerada um ato de fuga, mas sim, um ato nobre que vos elevaria. O clube não tem dois presidentes, tem um presidente eleito pela vontade expressa dos sócios. Atrasar o inevitável é adiar a construção de um FC Porto mais forte de futuro e estou seguro de que é isso que vossas excelências desejam. Só há um Porto! Viva o FC Porto!», disse no fim da sua intervenção

Minutos depois, já perante os jornalistas, Villas-Boas disse que «30 ou 31 de maio já é tarde» para que se possa completar a transição na SAD.

«Não posso fazer mais pedidos, cabe aos próprios assumirem que quanto mais rápida for esta transição, melhor. A realidade é que a 30 ou 31 de maio é tarde, nós queremos fazer tudo para que isto seja uma transição suave e respeitada de todos os elementos que tanto deram ao FC Porto. A verdade é que os sócios ditaram uma mudança e essa mudança tem de ser respeitada e se pudesse ser abreviada com o sentido de responsabilidade por parte das pessoas, melhor. Não posso fazer mais nada, cabe aos próprios decidir por sua conta. Estamos ao trabalho: primeiras reuniões com os funcionários, conhecê-los, conhecer as equipas, abraçar este projeto de corpo e alma», referiu o presidente do clube, fazendo um apelo aos elementos da sociedade desportiva e reconhecendo que se trata de «uma situação sensível».

«Em primeiro lugar, ninguém quer pôr em causa uma transição suave por parte da direção, mas sobretudo na parte da SAD. O tempo urge, há decisões fundamentais que têm de ser tomadas e uma situação destas já teve vários exemplos no futebol português de que não é benéfico. Seria sempre uma renúncia que facilitaria processos de decisão, de direção e seria também um ponto de referência para os funcionários que se encontram aqui, de certa forma, entre um presidente de um clube e um presidente de uma SAD, com a importância histórica que tem Pinto da Costa», apontou.

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