Samu Aghehowa chegou ao FC Porto e teve um impacto imediato na equipa, marcando em todos os jogos, com exceção do jogo de estreia, no Estádio de Alvalade, frente ao Sporting. Vítor Bruno, no lançamento do jogo com o Sp. Braga explica como tem trabalhado a integração do avançado espanhol e destaca a vantagem que tem sobre a concorrência direita.
«O Samu tem uma vantagem muito grande em relação a um concorrente direto que é o Gul, que tem a ver com o idioma. Isso, parecendo que não, é um canal muito forte para poder fomentar a integração mais facilmente. O facto de ele falar espanhol, de ter muitos espanhóis no balneário, a língua portuguesa é facilmente entendível e ele tem essa facilidade de integrar-se mais facilmente do que o Gul», começou por referir.
Em seis jogos com a camisola do FC Porto, Samu já marcou por sete vezes. «Pela qualidade que ele tem, o perfil físico é um perfil que é raro encontrar no nosso campeonato. Logo aí tem uma imponência, pela forma como ataca, pela forma como se posiciona, como consegue guardar a bola, pela forma como se associa aos seus colegas. O conhecimento vê-se e percebe-se que é cada vez mais forte. É uma tarefa que procuramos muito levar a treino, para que ele comece a enquadrar-se na forma de jogar na equipa e que comece a fidelizar alguns comportamentos que nós queremos para um ponta de lança com o perfil dele», destacou o treinador.
Um perfil raro no futebol português que Vítor Bruno tem procurado rentabilizar ao máximo. «Procuramos olhar para o Samu, perceber qual é o perfil dele e tentar perceber com que forma é que conseguimos potencializar ao máximo aquilo que ele pode emprestar à equipa. Ele tem-no feito brilhantemente. Para vocês, é mais importante tudo o que é números, o golo, o facto de ter muitos golos e de ter marcado praticamente em todos os jogos, à exceção do Sporting quando se estreou em Alvalade, mas o meu olhar vai muito para além disso», acrescentou.
Samu ficou fora da convocatória de Espanha para os próximos jogos da Liga das Nações, mas Vítor Bruno diz que o avançado ainda é jovem e vai ter tempo para isso. «Nem um esgar de dor interna. Ele sabe que o caminho dele está a ser percorrido, é muito novo, vai ter tempo de chegar à seleção. Até se vai cansar depois de jogar na seleção», destacou ainda.