No rescaldo do triunfo sobre o Gil Vicente (3-0), na jornada inaugural da Liga, Vítor Bruno rebobinou a estratégia delineada para travar o ataque dos «Galos» e potenciar a velocidade de Galeno.
«De facto, merece uma palavra. Faz parte daqueles que poderei ir à morte, poderei contar sempre. Tentamos antecipar o que o Gil Vicente poderia oferecer. Queríamos ter o nosso lateral direito [Martim Fernandes] mais recuado para travar o Félix Correia, assim como adiantar o Galeno nas costas do Dominguez», começou por explicar, em conferência de imprensa.
Em todo o caso, o timoneiro do FC Porto identificou arestas a limar, nomeadamente no arranque da partida.
«Confesso que os primeiros 20 minutos não agradaram, com jogo pausado, pouca gente a criar perigo e a largura controlada pelos adversários. Pausamos o jogo sem necessidade, recorremos ao Diogo Costa sem necessidade, com pouca ligação entre centrais. A equipa queria jogar com segurança», anotou.
Por isso, durante a pausa, o treinador ajustou a transição ofensiva: «A segunda parte foi controlada por nós. Falámos sobre correções no ataque, ao intervalo. Entrámos com maior perigo e fechámos o jogo. Depois, gerimos. O resultado é justo, pelos números certos. Sem sermos exuberantes, foi uma exibição sólida».
«Estivemos sempre equilibrados. O segredo será esse, é algo que estamos a melhorar. A equipa fez um jogo completo, com indicadores positivos.»
Em simultâneo, para Vítor Bruno, «massacre» não é sinónimo de jogar bem ou de forma bonita.
«Parece que há a obrigatoriedade de massacrar toda a gente, mas o futebol não é assim. Do outro lado há gente com valência. Devemos dar passos consistentes», terminou.
Conquistados os primeiros pontos na Liga, segue-se a visita ao Santa Clara, na tarde de sexta-feira (17h).