A administração da SAD do FC Porto informou, no prospeto de lançamento de um novo empréstimo obrigacionista, que aproveitou um «excesso de liquidez» para amortizar parte da dívida relativa ao dinheiro a receber da MEO pelo contrato dos direitos de transmissão.
Basicamente, a direção liderada por Pinto da Costa tinha adiantado praticamente todo o contrato de direitos televisivos, o qual foi dado como garantia de obrigações de titularização junto de financiadores.
«Em 18 de fevereiro de 2025, a FC Porto SAD aproveitou um excesso de liquidez e procedeu à amortização de obrigações titularizadas no montante de 16 milhões de euros», pode ler-se no prospeto.
O que isto representa na prática é que os créditos que o FC Porto ainda teria a receber do contrato com a MEO estavam gastos até dezembro de 2027: tinham sido adiantados por financiados. Pelo que a SAD só ia receber dinheiro correspondente ao valor do contrato de janeiro de 2028 a junho de 2028 (quando termina).
Com esta amortização de obrigações, o FC Porto abateu 16 milhões na dívida pelo dinheiro já adiantado, pelo que terá direito a receber o valor do contrato entre maio de 2027 e junho de 2028, valor esse que já não está hipotecado para ressarcir investidores.