O incêndio que deflagrou no domingo em Oliveira de Azeméis, distrito de Aveiro, está a ser combatido por 506 operacionais e há quatro feridos a registar, um dos quais a inspirar mais cuidados.
Segundo o Comando Sub-Regional de Emergência e Proteção Civil da Área Metropolitana do Porto, que não adiantou previsões quanto à evolução do fogo, pelas 11:30 no combate às três frentes ativas e aos vários pontos de risco já identificados estão ainda envolvidos 164 veículos terrestre e sete meios aéreos, dos quais “pelo menos dois a atuar” e os restantes afetos também ao incêndio de Albergaria-a-Velha.
No posto do comando de operações, instalado na freguesia de Palmaz, recusaram-se a dar informações sobre a operação em curso.
O presidente da Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis adiantou à Lusa que há quatro feridos a registar.
“Temos quatro bombeiros com ferimentos relacionados com queimaduras, em deles em estado a inspirar mais cuidados”, revelou Joaquim Jorge Ferreira.
O autarca socialista informou ainda que estão a ser posicionados meios em várias zonas habitacionais do concelho, “de forma a que se possa agir rapidamente no caso de se agravar a situação”.
No mesmo contexto, foi acionado o Plano Municipal de Emergência e Proteção Civil, que, “na prática, permite que todos os meios de socorro da região fiquem alocados a Oliveira de Azeméis para resposta rápida e prioritárias”.
Na Estrada Nacional 224-3, entre a cidade de Oliveira de Azeméis e Palmaz, são vários os troços onde se veem pessoas com máscara a regar pequenas faixas de jardim e a molhar com mangueiras os muros, telhados e paredes das suas casas.
“Ainda agora em Macinhata da Seixa estava um homem a operar um trator com cisterna para molhar os telhados das casas”, acrescenta Joaquim Jorge Ferreira.
Em Azeméis, além de uma estrada cortada devido à proximidade ao fogo, nomeadamente o IC2, entre Pinheiro da Bemposta e a Branca, o incêndio também já motivou a transferência de 23 utentes do Centro de Dia Santo André, em Macinhata da Seixa, para a Santa Casa da Misericórdia de Oliveira, na sede do concelho.
“Foi só por precaução porque o lar não está ameaçado, mas, como nestas condições climatéricas tudo se pode alterar rapidamente, achámos mais seguro agir por antecipação”, justifica o autarca.
Entretanto, a câmara lançou um apelo à população, no sentido de que ofereça água e barritas de cereais aos bombeiros entregando-os no Pavilhão Municipal António Costeira.
“Ajude com barritas e água para que se mantenham fortes na frente de combate”, diz a mensagem da autarquia.
Também os Bombeiros de Vale de Cambra solicitaram apoio à população para a recolha de bens essenciais como fruta, Barras energéticas, Águas, Sumos sem gás, Bebidas energéticas, Ben-U-Ron/Brufen/Voltaren, Produtos de higiene pessoal que deverão ser entregues no quartel operacional em Lordelo.