Vicenzo La Porta estava na lista de 100 fugitivos mais perigosos de Itália. Foi detido na Grécia, depois de ter sido fotografado a comemorar a conquista do campeonato italiano pelo Nápoles, clube da sua terra natal.
"O que o traiu foi a sua paixão pelo futebol e pelo Nápoles", revelaram os Carabinieri, acrescentando que, depois da equipa ganhar o seu primeiro título em mais de 30 anos, "La Porta não conseguiu deixar de comemorar".
O italiano tem ligações à Camorra, máfia de Nápoles, e estava em fuga há 11 anos, depois de ter sido condenado à revelia a 14 anos de prisão por associação criminosa, lavagem de dinheiro, evasão fiscal e fraude.
Na passada sexta-feira, Vicenzo Laporta foi detido em Corfu e agora aguarda extradição para Itália.
La Porta, de 60 anos, vivia com um nome falso e construiu uma nova vida, explicou o seu advogado à AP: "Ele constituiu uma nova família na Grécia... Tem um filho de nove anos e trabalha como cozinheiro para sobreviver. Sofre de problemas cardíacos. Se for extraditado, ele e a família ficarão arruinados".
As autoridades investigaram os seus movimentos e esperaram por um passo em falso, o que veio a acontecer em maio, quando foi apanhado numa fotografia a comemorar a conquista da Serie A num restaurante de Corfu.