Foi uma fuga à filme planeada ao pormenor e que já tinha sido testada pelos criminosos. Estudaram cada passo do corpo da guarda prisional - sabiam as horas das contagens de reclusos, os tempos de início e fim de recreios, os dias de visitas - e puseram em prática o plano, apurou a TVI, do mesmo grupo da CNN Portugal.
Sabiam por isso que por volta das 10:00 de sábado a vigilância estaria fragilizada em hora de visitas, o que obrigaria a que o efetivo da guarda prisional estivesse focado nas revistas.
Quatro dos reclusos estavam num pavilhão, o quinto pernoitava no do lado, e de forma cronometrada deram início ao plano: com recurso a lençóis desceram dois pavilhões através das janelas para chegarem ao pátio exterior; depois escalaram um muro de três metros e, com a ajuda de uma escada deixada num ponto estratégico pelos cúmplices que os aguardavam no exterior, subiram e desceram mais um muro de oito metros; seguiu-se uma vedação de arame farpado que tinha sido posteriormente cortada para facilitar a fuga: lá fora, tinham dois carros à espera.
Foram feitas buscas em celas e as autoridades tentam agora perceber se algum outro recluso fez parte do plano. Uma tentativa de fuga registada e impedida em agosto levanta essa possibilidade e deixa a suspeita de que o esquema já tinha sido colocado em prática antes mas só agora teve sucesso.
Segue-se agora uma longa e difícil investigação das autoridades portuguesas para tentar recapturar estes cinco homens dispostos a tudo.