Esta camisola marcou a minha vida para sempre, custa 1000€ - TVI

Esta camisola marcou a minha vida para sempre, custa 1000€

NÃO APAGAR Frank Rijkaard e Marco Van Basten (Mark Leech/Offside via Getty Images)

E é provável que uma outra camisola tenha marcado a sua vida

Todos os adeptos têm uma memória favorita no mundo do futebol: quer seja um espetacular golo no último minuto, um corte na linha de golo, uma defesa monumental ou uma caminhada épica rumo a um título histórico, a todas essas ocasiões está associada uma camisola. Poucos são os adeptos do Bayer Leverkusen que não condensam todos os seus sentimentos desta época na camisola preta com a cruz vermelha que o clube utilizou no seu primeiro título da Bundesliga. Poucos são também os argentinos que não têm uma camisola do Mundial 2022 com o apelido Messi e o número 10 estampado nas costas. Associados a Europeus de futebol há vários equipamentos que encantam colecionadores e adeptos. Neste texto vamos recordar algumas das camisolas que marcaram gerações e nações inteiras

França 1984 – Camisola Principal

Michel Platini após a final do Euro 1984 (Mark Leech/Getty Images)

Começamos com uma camisola de má memória para Portugal mas que trouxe excelentes recordações para Platini e companhia. Muitos devem lembrar-se da barra vermelha e das três riscas brancas da camisola francesa do Mundial 1998, mas essa não era a versão original desse look histórico. Foi em 1984 que a Adidas estreou este padrão de muito sucesso para os gauleses, também numa competição organizada pela França. Dificilmente os franceses podiam pedir uma viagem mais prazerosa rumo ao primeiro título internacional. Uma fase de grupo imaculada, com vitórias sobre Dinamarca, Bélgica e Jugoslávia, levou a um encontro com o estreante Portugal nas meias-finais. O duelo foi épico, com os franceses a darem a volta ao jogo já no prolongamento com um golo de Platini a um minuto dos 120. A final ficou marcada pelo monumental frango de Arconada ao remate do número 10 francês, que deu o 1-0 aos Bleus e abriu caminho a um título então inédito. Atualmente, como seria de esperar, há poucas réplicas originais desta camisola à venda em sites especializados. Quem quiser ter uma deve ter de desembolsar pelo menos 300 euros.

Croácia, Países Baixos, Portugal e Rússia 2004

Maniche e Marat Izmailov durante o jogo entre Portugal e Rússia no Euro 2004 (AP Photo/Armando França)

Muito criticada nos últimos anos por fazer equipamentos insípidos, a Nike lançou em 2000 uma das linhas mais populares da sua história, a Total 90. A versão de 2004 desta linha trouxe-nos equipamentos de seleções com um círculo no meio da camisola, algo nunca visto antes e depois.

Com o passar dos anos, este look tornou-se icónico, estando muito associado a figuras como Ronaldo, Ronaldinho, Cristiano Ronaldo, Figo e Ruud van Nistelrooy. Para a sua eternização também contribuiu o famoso anúncio da empresa americana com algumas das estrelas das seleções brasileira e portuguesa.

Há muitas camisolas destas disponíveis do mercado, como é disso exemplo a variedade de exemplares que a Classic Football Shirts, líder no segmento, tem de Portugal e Países Baixos. Contudo, se quer uma com o nome e número de um jogador e em boas condições, prepare-se para desembolsar mais de 100 euros.

Dinamarca 1992 – Camisolas principal e de guarda-redes

Henrik Larsen celebra a vitória da Dinamarca no Euro 1992 (Allsport/Getty Images)

Já estavam de férias, a Jugoslávia entrou em guerra, foram chamados: já ouvimos milhões de vezes a história do inédito título europeu da Dinamarca no Euro 1992. Contudo, pouco se fala da camisola que os comandados de Richard Moller Nielsen utilizaram durante a sua lendária campanha, que é só um dos looks mais celebrados que a Hummel já lançou.

Em 2023, a marca dinamarquesa criou uma linha inspirada na de 1992 e foi um sucesso de vendas no país.

Nota também para o brilhante equipamento que Peter Schmeichel durante aquele mês de junho, inclusive na final contra a Alemanha. Desejamos que os berrantes equipamentos de guarda-redes regressem rapidamente ao futebol.

Peter Schmeichel durante a final do Euro 1992 contra a Alemanha (Mark Leech/Offside via Getty Images)

Atualmente, a camisola principal poderá custar entre 350 e 500 euros, dada a sua raridade. Quanto à de guarda-redes, se a encontrar à venda avise-nos – também estamos à procura dela.

Portugal 2016 – Camisolas principal e secundária

Jogadores portugueses comemoram o título do Euro 2016 (Reuters)

Não são propriamente charmosos, mas fazem parte da história mais bonita do futebol português. Muitos momentos históricos estão associados a estas camisolas: os dois de Ronaldo frente à Hungria, o seu cabeceamento contra o País de Gales, o ‘anda bater, tu bates bem’ e, lá está, o golo do Éder.

Cristiano Ronaldo (Reuters)

É quase obrigatório para qualquer colecionador de camisolas português ter pelo menos uma destas em casa. Para tal acontecer, terá quase certamente de desembolsar cerca de 90 euros, o dobro se quiser uma com o nome dos melhores jogadores. Aproveite antes de o preço subir.

Grécia 2004 – Camisola secundária

Jogadores da seleção grega antes da final do Euro 2004 contra Portugal (AP Photo/Darko Vojinovic)

Doeu muito na altura, continuou a doer durante 12 anos e desde 2016 que dói um pouquinho menos – mas continua a doer, atenção. A vitória da Grécia no Euro 2004 foi a mais surpreendente de sempre no futebol internacional. Charisteas, Zagorakis, Nikopolidis, Dellas, todos viraram autênticos deuses durante aquele escaldante verão lusitano. Esta camisola valeria menos se a Grécia tivesse feito o esperado e saísse de Portugal após uma fase de grupos com zero pontos. Dado que saíram de cá com o caneco, o seu preço deve rondar os 140 ou 150 euros, mais ainda se tiver um nome de um dos carrascos da seleção portuguesa.

Países Baixos 1988 – Camisola principal

Frank Rijkaard e Marco Van Basten após a final do Euro 1988 contra a União Soviética (Mark Leech/Offside via Getty Images)

É A Camisola dos Europeus de futebol. Gullit, Rijkaard, Van Basten com aquele remate que Rinat Dasayev nem sonhou apanhar. É uma geração inigualável do futebol neerlandês e a única que lhe deu um título internacional.

Não se sabe ao certo o que torna esta camisola tão atraente. À primeira vista não parece muito bonita, mas quanto mais se olha mais se gosta dela, sobretudo se tivermos conhecimento de quem a vestiu e em que momentos foi utilizada.

Este icónico padrão da Adidas, denominado "Ipswich", não é exclusivo dos Países Baixos. Foi utilizado pela União Soviética, seleção derrotada na final desse Euro 1988, e por inúmeras equipas ao longo dos anos, incluindo FC Porto e Belenenses.

Oleksandr Zavarov durante o Euro 1988 (Alesssandro Sabattini/Getty Images)

Aparecem muito poucos exemplares reais desta camisola à venda e os que aparecem são imediatamente comprados, independentemente do seu preço, que pode superar os 1000 euros.

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