Portugal tem uma experiência curiosa com a Turquia - foram as duas Selecções que estrearam oficialmente a morte súbita em competições da UEFA. Em 1992, na final do Campeonato da Europa de sub-18, com vantagem para os turcos por 2-1.
A morte súbita (ou golo de ouro, como a UEFA prefere chamar-lhe, mas tendo em conta todas as precauções que as equipas têm em evitar golos, mais do que em marcá-los, morte súbita é psicologicamente o nome adequado) é estreada nos seniores neste Europeu, mas se ao fim dos trinta minutos o jogo continuar empatado será decidido no desempate por pontapés da marca de grande penalidade.
Portugal e Turquia são, curiosamente, as duas únicas selecções presentes nos quartos-de-final que nunca jogaram um desempate por penalties em grandes competições. Facto a que não é alheia a raridade com que estão presentes nessas fases finais.
A história dos outros quarto-finalistas nesses desempates não é, contudo, muito famosa. Itália, Roménia, Holanda, Jugoslávia, França e Espanha ganharam, em conjunto, apenas quatro dos 18 desempates em que participaram. A França é a única Selecção com registo positivo: venceu por três vezes (em 86, 96 e 98) e perdeu duas (82 e 96). A Espanha, que defrontará amanhã os franceses, é a outra vencedora: ganhou no Europeu de 84 à Dinamarca, nas meias-finais, para jogar a final do Europeu com a França, que viria a perder. Depois disso, no entanto, os espanhóis perderiam em 86 e 96, as duas vezes, curiosamente, nos quartos-de-final.
Itália e Roménia, que hoje se defrontam, perderam respectivamente quatro e dois desempates nas grandes penalidades. Holanda e Jugoslávia não foram mais felizes, registando três e uma derrota.