A Operação Lex é o maior escândalo de sempre a envolver a magistratura portuguesa, sobretudo o juiz desembargador Rui Rangel. A acusação do Ministério Público (MP), com mais de 900 páginas, vai ser conhecida dentro de dias, mas, a partir deste domingo, a TVI vai começar a desvendar algumas infornações no Jornal das 8.
A Polícia Judiciária (PJ) concluiu que Rui Rangel, o principal arguido, recebeu mais de um milhão de euros - entre 2005 e 2017 - como pagamento para favorecer arguidos e alterar decisões em tribunal. Para esconder o rasto do dinheiro, o magistrado utilizou um testa de ferro: José Santos Martins, advogado e amigo de longa data.
Este dinheiro passou pela esfera do jurista e terá sido entregue depois a Rui Rangel, à mulher e juíza também arguida, Fátima Galante, a Rita Figueira, namorada do magistrado, o pai desta, e a uma outra namorada do juiz, Bruna Amaral.
As transferências terão pago desde rendas de casa a contas correntes.
A investigação acredita que rangel vivia maioritariamente destes valores que ultrapassam em muito o salário de um juiz desembargador.
A PJ e o MP acreditam que o valor de mais de um milhão de euros é o resultado de pagamento de luvas para o magistrado exercer influências nos tribunais.
O amigo e advogado de Rui Rangel, detido no final de janeiro de 2018, e arguido no processo Lex, terá justificado que as entregas de dinheiro respeitam ao pagamento de um divída antiga quando teve uma empresa com o pai da juíza Fátima Galante.