Alexandra Reis não concorda com relatório da IGF mas vai devolver os 450.110,26 euros - TVI

Alexandra Reis não concorda com relatório da IGF mas vai devolver os 450.110,26 euros

A nova secretária de Estado do Tesouro, Alexandra Reis, durante a cerimónia de tomada de posse (Tiago Petinga/ Lusa)

Antiga gestora deixa duras críticas à CEO da TAP e defende ter direito legal à indemnização

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Alexandra Reis vai devolver a maior parte dos 500 mil euros que recebeu da TAP, anunciou a antiga gestora da empresa num comunicado enviado após a decisão da Inspeção-Geral de Finanças (IGF), que deliberou que devem ser pagos 450.110,26 euros do valor pago após a saída, a qual foi "iniciativa da TAP".

A também antiga secretária de Estado do Tesouro deixa bem claro que não concorda com a decisão, mas refere que não quer ter "um euro sobre o qual recaia a mínima suspeita". "Não posso concordar com o relatório da IGF, ou seja, com um parecer, e que não é mais que isso, que reescreve o que se passou para dar aquela que é provavelmente a resposta mais fácil. Todavia, equivocada", pode ler-se no comunicado.

A reação de Alexandra Reis é de ataque à TAP, esclarecendo que a decisão da sua saída foi tomada de forma unilateral pela CEO da empresa, Christine Ourmières-Widener, que acabou demitida esta segunda-feira na sequência do mesmo relatório da IGF.

"Para ser clara desde o início: o acordo resultou de uma iniciativa e proposta da TAP, a que acedi de boa-fé. E acedi com a finalidade última de evitar problemas institucionais no seio da Comissão Executiva da TAP e porque tive a firme convicção de que o mesmo seria lícito, assim como todos os meus actos subsequentes", acrescenta a antiga gestora, que entende que, neste cenário, o que ocorreu foi uma "demissão por mera conveniência".

Alexandra Reis vinca que a decisão da sua saída foi tomada pela CEO, defendendo que, nesse cenário, tinha direito a uma indemnização.

"Aceitei sair de uma empresa, à qual me entreguei com todo o meu compromisso e dedicação na defesa dos seus interesses, num dos momentos mais difíceis da sua existência, em total boa-fé, e, embora discorde do parecer da IGF e nada me obrigue a isso, reafirmo o que sempre disse que faria: por minha vontade própria devolverei o que indica a IGF, lamentando os ataques de caráter de que fui alvo nos últimos meses e com os olhos postos no futuro", termina.

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