Buscas em Gaia e Porto acabam com sete detidos. Em causa "interesses imobiliários de 300 milhões de euros" - TVI

Buscas em Gaia e Porto acabam com sete detidos. Em causa "interesses imobiliários de 300 milhões de euros"

Câmara Municipal de Gaia (Câmara Municipal de Gaia)

Dezenas de inspetores da Polícia Judiciária realizaram 55 buscas em vários locais do país, incluindo nas câmaras de Porto e Vila Nova de Gaia

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Foram constituídos 12 arguidos numa operação que investiga interesses imobiliários na ordem dos 300 milhões de euros, e que levou a Polícia Judiciária a fazer 55 buscas domiciliárias e não domiciliárias, incluindo nas câmaras municipais de Porto e Vila Nova de Gaia.

De acordo com o comunicado da Polícia Judiciária foram detidas sete pessoas, sabendo a CNN Portugal que entre elas está o vice-presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, Patrocínio Azevedo.

Em causa estão eventuais crimes de corrupção, viciação de procedimentos de contratação pública e outros crimes, havendo suspeitas de foram beneficiadas certas empresas no decorrer do processo.

Informa a Polícia Judiciária que entre os detidos está um titular de cargo político, Porfírio Azevedo, dois funcionários de serviços autárquicos, um funcionário da Direção-Regional de Cultura do Norte, dois empresários e um profissional liberal. Os suspeitos estão "indiciados pela prática dos crimes de recebimento ou oferta indevidos de vantagem, corrupção ativa e passiva, prevaricação e abuso de poder praticados por e sobre funcionário ou titular de cargo político".

Nas buscas participaram vários magistrados do Departamento de Investigação e Ação Penal, bem como 130 inspetores da Diretoria do Norte e de outras unidades da Polícia Judiciária, que contaram com o apoio de peritos informáticos e financeiros desta mesma autoridade.

Foram ainda apreendidos elementos documentais e digitais que podem ter sido utilizados para a prática dos alegados crimes. A Câmara Municipal do Porto adiantou que foram apreendidos dois telemóveis, sendo que a CNN Portugal sabe que um deles pertence ao vereador do urbanismo da cidade, Pedro Baganha.

A operação policial surge na sequência de um inquérito crime titulado pelo Ministério Público – Departamento de Investigação e Ação Penal Regional do Porto - durante a qual os inspetores da Polícia Judiciária deram cumprimento a mandados de detenção e de buscas, no âmbito de investigação criminal de corrupção e criminalidade económico-financeira.

Os detidos vão ser presentes a primeiro interrogatório judicial no Tribunal de Instrução Criminal do Porto para aplicação de medidas de coação.

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