Estão indiciados pelo crime de homicídio qualificado na forma tentada de um motorista da Carris - que vai ficar com sequelas permanentes. E vão ficar em prisão preventiva, decidiu esta quinta-feira o Tribunal de Loures.
Os dois detidos - que agora vão ficar presos - estão ainda indiciados dos crimes de incêndio e dano. Trata-se de eventos ocorridos a 24 de outubro.
Segundo a Comarca Lisboa Norte, os arguidos foram submetidos a primeiro interrogatório, tendo prestado declarações em que negaram a prática dos factos. Mas perante o que foi exposto pelas autoridades, o juiz de instrução criminal entendeu "ser suficiente, proporcional e adequado" determinar a prisão preventiva.
Esta quarta-feira foram detidas três pessoas pela Polícia Judiciária, sendo que a medida de coação mais gravosa é assim aplicada a dois desses detidos - o terceiro detido deve-se a estupefacientes. A Polícia Judiciária cumpriu quarta-feira oito mandados de busca.
"Em causa está o ataque com engenhos incendiários que, a 24 de outubro, destruiu por completo um autocarro da Carris Metropolitana, deixando em perigo de vida o seu motorista e provocando-lhe sequelas permanentes", sublinha a Polícia Judiciária, em comunicado.
"Das diligências realizadas quarta-feira pela Polícia Judiciária foram recolhidos elementos de prova como telemóveis e peças de roupa que os suspeitos terão usado na noite dos factos", acrescenta a polícia, que finaliza assim:
"As investigações prosseguem".