Gil Vicente-Boavista, 1-2 (crónica) - TVI

Gil Vicente-Boavista, 1-2 (crónica)

  • Nuno Dantas
  • Estádio Cidade de Barcelos
  • 2 nov, 22:42

Vitória da pantera e do antijogo

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Quase três meses depois o Boavista voltou a vencer – tinha apenas vencido na abertura da Liga diante do Casa Pia. Triunfo importante das panteras conquistado perante o Gil Vicente, num jogo feio e onde o antijogo também saiu vencedor. A formação axadrezada usou e abusou das quebras de ritmo, tornando o jogo enfadonho e que terminou com um enorme coro de assobios.

Já os gilistas averbaram a primeira derrota caseira e podem queixar-se de si próprios. A equipa de Bruno Pinheiro só depois de estar com dois golos de desvantagem é que tentou realmente chegar ao triunfo. Ainda assim, teve muitos jogadores em sub-rendimento e os três pontos fugiram para o Bessa.

Alterações dos galos não tiveram efeito

Depois do desaire nos Açores diante do Santa Clara (2-1), Bruno Pinheiro fez quatro alterações no onze. Sandro Cruz já viu cinco cartões amarelos e cumpriu um jogo de castigo. Já Zé Carlos, Castillo e Cauê ficaram de foram por opção, indo a jogo Mutombo, Kazu, Mory Gbane e Aguirre. Já Cristiano Bacci mudou apenas uma peça no xadrez após a derrota caseira com o Moreirense (0-2). Ibrahima Camará ficou a ver o jogo desde o banco de suplentes e Vukotic saltou para a titularidade.

A primeira metade foi má e sem motivos de interesse. Os galos com mais iniciativa de jogo, esbarravam num Boavista com as linhas muito apertadas e que não dava grande espaço para jogar. Por seu lado, as panteras não escondiam que queriam entregar a posse de bola aos gilistas para, quando a recuperassem, saírem em grande velocidade no contra-ataque. Quando em posse, os axadrezados não tinham pressa, nem com a bola nos pés, nem na reposição em jogo, perante os assobios dos adeptos locais.

Perante este cenário, não espantou ninguém que nos primeiros 49 minutos (quatro de compensação) só houvesse uma única oportunidade de golo. Félix Correia, isolado por Santi Garcia, apareceu na cara do golo, mas rematou à malha lateral. E foi tudo para uma primeira metade enfadonha.

Finalmente os golos apareceram

Os segundos 45 minutos trouxeram o que faltou nos primeiros: emoção e golos. O bom futebol, esse, não apareceu. O Boavista entrou melhor e em três minutos fez dois golos. Após canto, esférico sobrou para fora da área onde Filipe Ferreira disparou uma bomba à trave. Na recarga, Vukotic atirou a contar. Estavam três jogadores completamente sozinhos na pequena área prontos para finalizar. De seguida, Reisinho isola Joel Silva, Buatu tenta o corte, mas o esférico sobra para o extremo que, depois de passar por Andrew, fez o segundo.

Os galos tentaram reagir, mas só conseguiram incomodar a baliza axadrezada quando começaram a jogar com dois homens na frente – Cauê e Pablo. E foi assim que chegou ao golo. Canto batido à esquerda, a bola sobra para o coração da área onde Cauê apareceu a rematar para o fundo das redes. Foi a estreia a marcar do brasileiro. Até ao final, tirando um remate de Touré que César com uma excelente defesa evitou o golo, os gilistas tentaram muito, mas sem critério e sem cabeça. O Boavista conquistou três preciosos pontos em Barcelos.

A FIGURA: Joel Silva (Boavista)

Bom jogo do médio axadrezado, sempre a tentar levar a equipa para a frente e a estrear-se a marcar no campeonato. Joel Silva apareceu na cara do golo e, depois de ganhar o ressalto, passou por Andrew e marcou o golo que ia valer os três pontos ao Boavista.

O MOMENTO: Defesa de César

César segurou o empate já nos minutos finais da partida com uma excelente defesa. Tidjany Touré apareceu soltou na área e rematou forte e cruzado com selo de golo. César mostrou qualidade ao fazer uma excelente defesa e ao segurar três preciosos pontos para o Boavista.

NEGATIVO: Antijogo axadrezado

Cedo se percebeu que o Boavista estava em Barcelos para não perder e, se possível, ganhar. Muito tempo na reposição de qualquer bola, jogadores constantemente no chão e os adeptos barcelenses irritados com as perdas de tempo. O jogo foi feio e sem muitos motivos de interesse.

 

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