O ministro dos Negócios Estrangeiros repudiou esta sexta-feira de forma "veemente e inequívoca" qualquer ligação a alegados casos de corrupção na Defesa, reiterando não ter estado envolvido no polémico contrato com o ex-secretário de Estado Marco Capitão Ferreira.
Numa nota do Ministério dos Negócios Estrangeiros, o anterior titular da pasta da Defesa afasta mais uma vez a ideia de ter estado envolvido no contrato celebrado entre a Direção-Geral de Recursos de Defesa Nacional e Marco Capitão Ferreira.
O Expresso noticia esta sexta-feira que um dos arguidos no caso "Tempestade Perfeita", Paulo Branco, à época responsável financeiro na Direção-Geral de Recursos da Defesa Nacional, implicou João Gomes Cravinho no caso do contrato de assessoria no valor de cerca de 50 mil euros celebrado com Marco Capitão Ferreira.
Segundo o semanário, Paulo Branco declarou que o então ministro da Defesa, João Gomes Cravinho, “tinha concordado” ou até “pedido” para se fazer um contrato de assessoria com Capitão Ferreira para o compensar e “pôr as contas em dia” pelos trabalhos realizados numa “comissão fantasma” que funcionava na órbita do seu gabinete.
Esta acusação é negada por João Gomes Cravinho ao Expresso.
No email hoje enviado à imprensa, o ministro dos Negócios Estrangeiros reitera as respostas ao jornal e volta a divulgar declarações públicas sobre o caso, prestadas em sede parlamentar.
“Repudio de forma veemente e inequívoca a sugestão feita na manchete do jornal Expresso”, afirma hoje João Gomes Cravinho.