"O problema não é de manutenção, o problema é de disciplina". Gouveia e Melo reage após recusa de militares em acompanhar navio russo - TVI

"O problema não é de manutenção, o problema é de disciplina". Gouveia e Melo reage após recusa de militares em acompanhar navio russo

Gouveia e Melo anunciou que irá falar com a guarnição do NRP Mondego já esta quinta-feira e prometeu uma investigação rápida ao sucedido

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O Chefe de Estado Maior da Armada, Henrique Gouveia e Melo garantiu esta quarta-feira que a manutenção “não é o problema que está em cima da mesa” relativamente à recusa da 13 elementos da guarnição do NRP Mondego de partir para uma missão de acompanhamento de um navio russo que passava ao largo da Madeira. “o problema é de disciplina”. 

“Não há Forças Armadas sem disciplina. A disciplina é a cola essencial das Forças Armadas. No dia em que formos indisciplinados, no dia em que não acreditarmos na linha de comando, nós ficamos sem Forças Armadas”, garantiu Gouveia e Melo, acrescentando que esta quinta-feira irá dirigir-se à sua guarnição na Madeira e dizer “o que acha sobre o processo”. 

No sábado, a guarnição do navio NRP Mondego, recusou avançar para uma missão de acompanhamento de um navio russo que passava ao largo da Madeira. As razões invocadas na altura, como relatou a CNN Portugal, prendiam-se com o estado de manutenção da embarcação que está ao serviço da Marinha desde 2016.

A recusa destes 13 elementos, que integram uma guarnição de cerca de 30 militares, não permitiu a conclusão da missão e, também esta quarta-feira, o comandante do navio garantiu que existiam condições de segurança para navegar: "Tive 50% da guarnição do meu lado", disse. 

Sobre este caso, Gouveia e Melo acrescentou que quem decide se uma missão deve ou não ser executada é a hierarquia - que começa no comandante do Navio - e que "o comandante não nos disse que o navio estava em risco de cumprir a missão que estava atribuído." 

  "A hierarquia não pode ser substituída por um grupo de guarnição que passa a decidir se as missões são ou não seguidas", afirma, ironizando que, se tal acontecer, caímos no "ridículo de um dia termos de fazer uma reunião geral antes de missão e de braço no ar votarmos se vamos ou não fazer a missão".

Gouveia e Melo recusou revelar o que pode acontecer aos militares que recusaram zarpar, sublinhando só que a "investigação vai acontecer rapidamente"."Vou sempre exigir todos os processos discilpinários", adiantou.

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