A Assembleia-Geral da Nações Unidas (ONU) aprovou esta sexta-feira uma resolução apresentada pela Jordânia que apela para uma “trégua humanitária imediata, duradoura e sustentada” na Faixa de Gaza, numa altura em que parece estar iminente uma entrada do exército israelita no território.
Uma resolução que foi, de resto, apresentada depois de as Forças de Defesa de Israel (IDF) terem anunciado uma intensificação das operações, pedindo que os habitantes da Faixa de Gaza se desloquem para sul.
Esta resolução teve 120 votos a favor, 14 contra e 15 abstenções, entre os 193 Estados-membros da ONU. Portugal esteve entre os votantes a favor, enquanto Israel e Estados Unidos votaram contra. Ucrânia ou Canadá, por exemplo, optaram pela abstenção.
NOW: #UNGA has adopted Arab Group resolution presented by @JordanUN_NY which calls for "an immediate, durable & sustained humanitarian truce leading to a cessation of hostilities." #Gaza #Palestine #Israel https://t.co/i18JlOgKRE pic.twitter.com/6FnmY03BGl
— Rami Ayari (@Raminho) October 27, 2023
Trata-se de uma resolução sem caráter vinculativo, mas que carrega um peso político e reafirma a posição da comunidade internacional em relação à forma como Israel está a agir contra o Hamas, nomeadamente na questão humanitária.
Destino diferente teve uma emenda proposta pelo Canadá, e que condenava os ataques do Hamas do dia 7 de outubro, apelando à imediata e incondicional libertação dos reféns.
Esta emenda, colocada a votação depois de duras críticas do embaixador israelita na ONU, acabou por ser recusada, depois de não ter reunido os votos favoráveis de dois terços dos Estados-membros (recebeu 88 votos a favor, 55 contra e 23 abstenções).
In #UNGA, @CanadaUN amendment condemning #Hamas fails to receive necessary two thirds majority and is not adopted. https://t.co/RPp3HiT5Cr pic.twitter.com/p4WlRpNBqy
— Rami Ayari (@Raminho) October 27, 2023
Os Estados Unidos já tinham criticado o texto da Jordânia, nomeadamente por não incluir os termos “Hamas” ou “reféns”.
A votação ocorreu numa sessão especial de emergência da Assembleia-Geral da ONU, convocada após o bloqueio do Conselho de Segurança da ONU, que até ao momento não conseguiu aprovar nenhuma das quatro resoluções que foram a votos sobre o tema.