As agências de notícias russas avançam, esta segunda-feira, citando fonte dos serviços secretos nacionais (FSU), que foi desmantelado um plano para matar um proeminente oligarca russo que tem apoiado publicamente a invasão da Ucrânia.

Segundo os serviços de informação russos, os agentes intervieram para travar o plano de homicídio, apoiado pela Ucrânia, e que envolveria um carro armadilhado usado pelo oligarca Konstantin Malofeyev.

Malofeyev é o dono da Tsargrad TV, que expressa opiniões nacionalistas, faz o elogio da visão de Vladimir Putin e apoia abertamente a invasão da Ucrânia. 

O canal de televisão russo Zvezda TV partilhou entretanto um vídeo fornecido pelo FSB que mostra um homem a aproximar-se de um automóvel estacionado, colocando algo debaixo do veículo antes de fugir. Foram ainda divulgadas imagens de um robô que parece retirar algo colocado debaixo do carro. A agência Reuters assinala que não foi possível verificar a autenticidade dos vídeos.

Em comunicado, os serviços de informação russos acusaram os homólogos ucranianos de estarem por trás da tentativa de homicídio do empresário, detalhando que o plano foi operacionalizado por um ativista de extrema-direita, Denis Kapustin, russo radicado na Ucrânia. 

A declaração acrescenta que foi aberto um inquérito a Kapustin por ofensas terroristas e tráfico de explosivos. Kapustin, que é um antigo lutador de artes marciais, declinou responder à Reuters, remetendo comentários para o Corpo de Voluntários da Rússia, do qual faz parte - que integra as Forças Armadas da Ucrânia e que terá estado envolvido no ataque da semana passada à região russa de Bryansk.

Kiev também não fez qualquer comentário oficial.

No seu canal de Telegram, o alegado visado pelo ataque garantiu que está são e salvo e que a tentativa de homicídio não vai mudar a sua "posição patriota", assegurando que irá continuar a lutar "até ao fim" contra os inimigos. "E nada nos vai parar", sublinhou. 

O FSB garantiu ainda que o plano contra Malofeyev recorreu aos mesmos métodos usados no verão passado para assassinar a russa Darya Dugina, filha de um proeminente ideólogo nacionalista, conhecido como "o cérebro de Putin", nos arredores de Moscovo. 

A Ucrânia negou qualquer envolvimento na morte de Dugina, que foi vítima da explosão de um carro armadilhado. 
 

Bárbara Cruz