Demyan Kevorkyan foi libertado para lutar na Ucrânia pelo Grupo Wagner, mas os dias de liberdade acabaram por ser poucos. Segundo a BBC, o homem foi agora condenado por duplo homicídio. O crime terá acontecido quando regressou à Rússia.
Demyan Kevorkyan tinha sido condenado a 18 anos de prisão em 2016 e é agora acusado de assassinar, em maio, Tatyana Mostyko, uma jovem artista musical de 19 anos, e o seu manager Kirill Chubko, quando ambos regressavam a casa. O carro onde seguiam foi roubado e incendiado, tendo sido deixado perto do local onde os dois foram esfaqueados até à morte.
Segundo o Express, Kevorkyan nega veementemente as acusações, mas este incidente expôs um padrão que tem suscitado alerta: os criminosos que foram libertados para combater estão de regresso e em liberdade, podendo cometer novos crimes. Diz a publicação que as investigações até agora feitas revelaram que este não é o único caso de um condenado libertado que se tornou acusado reincidente depois de voltar da guerra.
Kevorkyan foi um dos muitos prisioneiros recrutados a 31 de agosto de 2022 pelo líder de Wagner, Yevgeny Prigozhin, diz a BBC, que conseguiu mesmo confirmar que há suspeitas de que mais de 20 crimes, incluindo violação e assassinato, foram cometidos por ex-combatentes do Grupo Wagner que tinham sido libertados da prisão.
Anatoly Dvoynikov e Aram Tatosyan são outros dois acusados deste duplo homicídio, alegando que Kevorkyan comandava a operação, mas não há informação se se trata de prisioneiros libertados para combater em território ucraniano.