Estão quase prontos os drones kamikaze da Ucrânia – e Moscovo fica no raio de alcance - TVI

Estão quase prontos os drones kamikaze da Ucrânia – e Moscovo fica no raio de alcance

O desenvolvimento destes drones pretende dar uma resposta aos ataques russos com este tipo de arma. Segundo as Forças Armadas ucranianas e os serviços secretos americanos, a Rússia estará a atacar a Ucrânia com drones de fabrico iraniano, os Shahed-136

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A Ucrânia anunciou que está na última fase de desenvolvimento dos seus drones kamikaze, uma resposta aos ataques de Moscovo com recurso a este tipo de armamento.

Estes drones estão a ser desenvolvidos pela Ukroboronprom, um conglomerado de empresas estatais ucranianas do setor da Defesa. De acordo com as informações preliminares, cada drone conseguirá transportar até 75 quilos de explosivos e terá uma autonomia de mil quilómetros. A confirmar-se, a capital russa, Moscovo, fica no raio de alcance.

“A Ukroboronprom tem trabalhado intensamente desde a invasão em larga escala. Não dizemos praticamente nada, mas esse ‘nada’ funciona com sucesso no campo de batalha, e outro ‘nada’ é testado com sucesso repetidas vezes”, escreveu a empresa no Facebook, garantindo que estes drones serão, em breve, testados no campo de batalha.

O desenvolvimento destes drones pretende dar uma resposta aos ataques russos com este tipo de arma. Segundo as Forças Armadas ucranianas e os serviços secretos americanos, a Rússia estará a atacar a Ucrânia com drones de fabrico iraniano, os Shahed-136. De acordo com representantes governamentais americanos, estes terão sido encomendados em agosto. O presidente Zelensky afirmou mesmo que Teerão se comprometeu a fornecer 2400 unidades às forças russas.

No dia 13 de setembro, o Ministério da Defesa da Ucrânia comunicou, pela primeira vez, que tinha abatido um Shahed-136, na região de Kharkiv.

O Irão nega veementemente ter fornecido este equipamento militar à Rússia. "Acreditamos que armar os dois lados prolongará a guerra, por isso nunca considerámos e não consideramos que a guerra seja o caminho certo, nem na Ucrânia, nem no Afeganistão, nem na Síria, nem no Iémen", disse o ministro dos Negócios Estrangeiros do país, Hossain Amir-Abdollahian, ao homólogo português João Gomes Cravinho.

Por seu turno, o Governo português expressou preocupação com as “recentes provas do uso de drones iranianos por parte da Federação Russa na Ucrânia” e enfatizou a “necessidade de Teerão assegurar que este equipamento não é fornecido a Moscovo”.

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